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quinta-feira, 8 de março de 2007

O curto trajeto de Vitor Assis Brasil

Vitor morreu aos 35 anos. Nesse breve período estabeleceu um modelo até hoje não superado de brazilian jazz: virtuoso, independente e criativo. Sua virtuosidade já se manifestava em criança, quando tocava sanfona, bateria e gaita. Mais tarde, aos 12 anos, passa para o saxofone, instrumento com o qual ganha o prêmio de melhor solista de jazz na Alemanha, aos 21 anos. Sua independência está registrada pela capacidade de não ser um mero repetidor do discurso de Charlie Parker: ele utilizou uma linguagem semelhante para produzir um discurso próprio, como o fizeram um Jack Mclean ou um Phil Woods. A criatividade fica por conta da generosa aptidão em ser sempre ele mesmo, independentemente do contexto: se está tocando Pixinguinha, John Coltrane ou Tom Jobim, Vitor é sempre Vitor. Infelizmente gravou pouco. Aos amigos navegantes lembro das faixas What Is This Thing Called Love e Round About Midnight, ambas do lp Trajeto, lançado pela Equipe em 1968.


Fonte : site jazzseen

Um comentário:

John Lester disse...

Prezado Sérgio, é um privilégio servir de referência a um excelente blog como o seu.

Parabéns pelo trabalho, JL.