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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

DEDICATED MEN OF ZION – THE DEVIL DON’T LIKE IT

O Dedicated Men of Zion causou uma sensação global com “Can't Turn Me Around” em 2020, a estreia do grupo pela Bible & Tire Recording Company de Bruce Watson. O sacred soul amálgama de funk, R&B e gospel negro resultou em um triunfante NPR Tiny Desk Concert e performances no globalFEST e Fresh Grass Fest. “The Devil Don't Like It” foi produzido outra vez pelo selo de Bruce Watson. Os vocalistas Anthony "Amp" e Antwan Daniels, Marcus Sugg e Dexter Weaver são suportados pelo grupo de Watson, o Sacred Soul Sound Section. Sua formação inclui os guitarristas Will Sexton e Matt Ross-Spang, o baixista Mark Edgar Stuart, o organista Al Gamble e o firme baterista George Sluppick. A maioria destas dez canções são standards gospel interpretadas em nova e radicais maneiras.

A abertura, "Lord Hold My Hand", é um caso em questão. Enquanto os vocalistas retêm a melodia original, a banda reinventa-a rítmica, dinâmica e harmonicamente em um aceno direto a “Famous Flames” de James Brown, completa com o baixo sacolejando, o B-3 inflamando e os golpes dos compassos da guitarra. A estrutura do tempo borbulhante e empertigado com abrangentes vocais em chamada e resposta para combinar a intensidade moderna. Em contraste, a faixa título oferece uma lenta procissão gospel estruturada pelo latente blues do Delta conforme os vocalistas surgem. Apenas após o protagonista encontrar a graça de Deus é que o diabo aparece com seu feérico, ainda que impotente raiva, e descontentamento. "One More River to Cross" é uma chamada em alto registro, completada com palmas indisciplinadas, coros crescentes e guitarras penetrantes. "Rock My Soul (In the Bosom of Abraham)" é um gospel-blues gabola e caloroso que acumula firme e ressonantes harmonias vocais contra preenchimentos pontiagudos do órgão e linhas de guitarra penetrantes. "God’s Got His Eyes on You", provavelmente, uma das fixas mais finas do álbum, é ofertada em um tempo condutor, a conversação entre vocais líderes e harmonias são firmemente perfeitas, com piano extasiante, órgão, bateria e uma linha de baixo estourando em direção ao êxtase espiritual. O wah-wah da guitarra funk em "A Change Is Gonna Come" (não o clássico de Sam Cooke), que se casa com alegria, soul sagrado para um arranjo vocal que relembra "Slipping Into Darkness" de War. "I'm Going Home" sintoniza o conjunto boogie do Delta de John Lee Hooker e R.L. Burnside, embora reivindicando o sulco da espinha dorsal para Jesus. Em contraste, "I Know I've Been Changed" casa profundo soul a hinos country e blues vaporoso. "Up Above My Head" de Sister Rosetta Tharpe é interpretada fielmente como um dedilhado roqueiro com guitarras fortemente distorcidas, um B-3 flutuante e uma bateria suingante. A faixa de encerramento, "I'm a Soldier in God's Army", é uma valsa lenta e comovente com harmonia em quatro partes, que casa um gospel polido do pós-guerra ao profundo soul e folk-blues dos anos 70.

Como álbum, “The Devil Don't Like It” é mais forte que seu predecessor. Contém melhor fonte de material oferecidos em uma apresentação mais solta e relaxada. Devido a estes vocalistas e instrumentistas melhor familiarizados um com o outro. Se tem uma lacuna, é que em 38 minutos ficamos querendo mais. Este problema é bom para se ter.

Faixas

1 Lord Hold My Hand 03:12

2 The Devil Don't Like It 04:22

3 One River to Cross 03:07

4 Rock My Soul 03:49

5 God's Got His Eyes on You 04:08

6 A Change Is Gonna Come 04:41

7 I'm Going Home 03:55

8 I Know I've Been Changed 04:35

9 Up Above My Head 02:37

10 I'm a Solder in God's Army 03:47

 Para conhecer um pouco deste trabalho assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=ZX-2K854ET8

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Thom Jurek (AllMusic)

 

ANIVERSARIANTES - 25/09

Barbara Dennerlein (1964) – organista,

Billy Pierce (1948) - saxofonista,

Bradford Hayes (1959) - saxofonista,

Charlie Allen (1908-1972) - trompetista,

Craig Handy (1962) - saxofonista,

Dean Krippaehne (1956) – pianista, vocalista,

Dennis Mitcheltree (1964) – saxofonista,

Garvin Bushell (1902-1991) - saxofonista,clarinetista,fagotista,

Horace Arnold (1937) - baterista,

John Taylor (1942-2015) - pianista,

Marco Pereira (1950) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oBB6UETf4SI,

Michael Gibbs (1937)- pianista,trombonista,

Quito Pedrosa(1964) – saxofonista,

Sam Rivers (1930-2011) - saxofonista,flautista,

Rossiere “Shadow” Wilson (1919-1959) – baterista,

Victor Jones (1954) – baterista,

Zé Eduardo Nazário(1952) - baterista 

 

domingo, 24 de setembro de 2023

JOHN McLAUGHLIN - LIBERATION TIME (Abstract Logix)

Talvez o maior sucesso de “Liberation Time” é que seu título é sincero e não irônico. Tal sentimento poderia ter, facilmente, vindo como um pouco atraente pensamento ansioso sob as restrições da vida durante a pandemia. Sendo quem ele é, entretanto, John McLaughlin inevitavelmente encontra o valor e positividade mesmo neste estranho estado de coisas. "A coisa maravilhosa sobre música é que você coloca os fones de ouvido e você está com todos na mesma sala" ele diz em consideração ao novo modus operandi de conferências virtuais. Mesmo se isto não for literalmente verdade, a química entre o grupo de amigos é, reconhecidamente, não obscurecida pela distância.

Claro, a proximidade é parcialmente devido à longa história de trabalho da banda 4th Dimension com Gary Husband, Etienne Mbappe e Ranjit Barot. Como um lado positivo das circunstâncias, embora, McLaughlin tome vantagem do método da gravação remota para incluir um punhado de colaboradores que não estariam, de outra maneira, disponíveis. Sua guitarra brincalhona e as teclas de Husband estão reunidos à uma seção rítmica diferente na abertura fervente de

 "As the Spirit Sings". O sax de Julian Siegel adiciona algum sabor extra de bebop à intricada jam de rock-fusion em "Right Here, Right Now, Right On", enquanto um grupo de apoio inteiramente diferente voa através de mudanças rápidas.

Ao lado do núcleo do quarteto estão toques em pontos, tais como na animada "Singing Our Secrets" ou a também brilhante "Lockdown Blues" (temperada com algum descontraído konokol [NT: Konnakol é a arte de executar sílabas de percussão vocalmente na música carnática do sul da Índia] indiano, enquanto eles estão a fazê-lo), o convidado trilha a condução para sentir toda a peça com o programa completo. O espírito inspirador do líder unifica a música e a distribuição dos papéis tanto mais quanto sua voz na guitarra surge. Sua matização viva, em conjunto, é inimitável como sempre, frequentemente lacrimejando através destas lambidelas divertidas na velocidade de uma chicotada, surpreendentemente complementada por um par de interlúdios contemplativos, apresentando-o ao piano, outra adição que provavelmente não ocorreria se estivéssemos em circunstâncias ordinárias. Mesmo que não possa alcançar as elevações incendiárias de “Live at Ronnie Scott's (Abstract Logix, 2017)” ou de “John McLaughlin & Jimmy Herring—Live in San Francisco (Abstract Logix, 2018)” este é uma radiante sessão afiada com liberação de energia e esperança para o futuro.

Faixas : The Spirit Sings; Singing Our Secrets; Lockdown Blues; Mila Repa; Right Here, Right Now, Right On; Shade of Blue; Liberation Times.

Músicos : John McLaughlin: guitarra; Gary Husband: bateria; Ranjit Barot: bateria; Etienne Mbappe: baixo; Roger Rossignol: piano; Jean Michel Aublette: baixo; Vinnie Colaiuta: bateria; Nicolas Viccaro: bateria; Julian Siegel: saxofone tenor; Sam Burgess: baixo; Jérôme Regard: baixo; Oz Ezzeldin: piano.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=-9JmmDRowaI

Fonte : Geno Thackara (AllAboutJazz)

 

 

ANIVERSARIANTES - 24/09

Bill Connors (1949) - guitarrista,

Craig Handy (1962) – saxofonista,

Fats Navarro (1923-1950) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JApikPx-V3s,

Herb Jefferies (1916) - vocalista,

Ingrid Laubrock (1970) – saxofonista,

Jack Costanzo (1922) - percussionista,

Jay Hoggard (1954) – vibrafonista,

Joan Chamorro (1962) – saxofone,clarinete,flauta,trompete,baixo,

Johan Horlen (1967) – saxofonista,

John Carter (1929-1991) - clarinetista,saxofonista,

Kay Lyra(1971) – vocalista,

Nduduzo Makhathini (1982) – pianista,

Rebecca Kilgore (1948) - vocalista,

Tomas Improta (1948) – pianista,

Walter Smith III (1980) - saxofonista,

Wayne Henderson (1939) - trombonista

 

sábado, 23 de setembro de 2023

REDMAN / MEHLDAU / McBRIDE / BLADE - LONG GONE (Nonesuch Records)

O meado dos anos 1990 viu a primeira gravação e união oficialmente preservada de quatro recém-chegados ao jazz —Joshua Redman (saxofone,) Christian McBride (baixo,) Brad Mehldau (piano) e Brian Blade (bateria). Todos os quatro foram dedicados seguidores do jazz clássico se reuniram, mas breve espalhou e começou um arranjo de seus próprios cursos individuais. Houve um longo atraso antes de eles se reunificarem para uma segunda gravação do quarteto em 2020. Até então, cada um deles ganhou o respeito dos seus companheiros e ressuscitou os líderes do jazz do mais alto nível e mestres dos seus instrumentos. “Long Gone”, majoritariamente gravado em 2019, mas lançado em 2022, é o próximo capítulo na colaboração deles.

Geograficamente, os músicos vieram de origens variadas e cada um inicialmente absorveu os sons em seus ambientes originais. Redman (nascido em 1969) veio a estar envolvido na cena jazzística de Nova York no início dos anos 1990 e interagiu com numerosos músicos, incluindo McBride e Mehldau. O nascido na Filadélfia, McBride (nascido em 1972) tem, neste momento, aparecido em cerca de 300 álbuns e está fazendo seu melhor alcance em relação ao baixista   Ron Carter, que contribuiu com milhares de discos. O nascido na Flórida, Mehldau (1970) que, além dos trabalhos dos anos1990 com Redman/McBride/Blade e outros músicos de jazz, trabalhou com cantores de ópera e com música clássica tão bem quanto muitos outros músicos pró-jazz. Em contraste, o álbum solo de 2022 de Mehldau foca, exclusivamente, na música dos Beatles. A educação musical de Blade (nascido em 1970) iniciou em Nova Orleans. Ele não apenas mergulhou no mundo do jazz quanto do rock, música tradicional estadunidense e mais. Todos os quatro músicos foram rapidamente aceitos por numerosos veteranos do jazz mais cada um foi reconhecido pelas nominações ao Grammy e/ou outros prêmios.

Quanto a “Long Gone”, é evidente que anos da interação intermitente entre si permite cada membro do quarteto entender intuitivamente o que outros artistas farão e, mais importantemente, o que eles provavelmente estão pensando. Redman é de fato o líder apenas pelo fato de que ele foi o autor de todos as seis faixas. Além disto, existe uma forte união de companheiros e iguais. O quarteto vai direto ao trabalho na abertura do disco com a suavemente suingante faixa título. O sax flexível de Redman facilita o ouvinte a mergulhar na peça, os outros juntam-se e, coletivamente, eles confirmam este jazz clássico com uma pulsação moderna, que está vivo e bem. Não deixe o título da segunda seleção, "Disco Ears", atemorizá-lo. Sim, é um brilhante, arejado e livre fluxo da faixa apresentando Redman no soprano e o lírico piano de Mehldau, mas, felizmente, isso não é discoteca. Esta é seguida pela reflexiva e serena "Statuesque". Após uma abertura medida na próxima faixa, "Kite Song", Redman e companhia aceleram um pouco o ritmo. Para fechar o disco, o quarteto oferece um a explosão do passado com uma vívida e clássica composição de 2007 chamada "Rejoice". É uma forma de colagem de som mais solta, frenética e livre e traz as sessões para aterrizar.

Faixas: Long Gone: Disco Ears: Statuesque: Kite Song: Ship To Shore: Rejoice.

Músicos: Joshua Redman: saxofone; Brad Mehldau: piano; Christian McBride: baixo; Brian Blade: bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4 estrelas

Fonte: Scott Gudell (AllAboutJazz)

 

 

ANIVERSARIANTES - 23/09

Albert Ammons (1907-1949) - pianista,

Bardu Ali (1910-1981) – guitarrista,vocalista,

Bill Tole (1937) - trombonista,

Christian Escoude(1947) - guitarrista,

Don Grolnick (1947-1996) - pianista,

Fenton Robinson (1935-1997) – guitarrista,vocalista,

Frank Foster (1928-2011) - saxofonista, flautista,

George Garzone (1950) - saxofonista,

George Matthews (1912-1982) - trombonista,

Ingebrigt Haker Flaten (1971) – baixista,

Irene Reid (1930-2006) - vocalista,

Jeremy Steig (1943) - flautista,

Jimmy Woode (1928-2005) - baixista,

John Coltrane (1926-1967)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0I6xkVRWzCY

Les McCann (1935) - pianista,vocalista,

Little Joe Blue (19341990) – guitarrista,vocalista,

Norma Winstone (1941) - vocalista,

Ray Charles (1930-2004) - pianista,vocalista 

 

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

DOUG WAMBLE - BLUES IN THE PRESENT TENSE (Halcyonic)

Se você está procurando por uma experimentada e verdadeira gravação de blues, esta não deve ser a sua praia. Porém, para esta busca de um amálgama ousado de blues, jazz e soul, coloque os fones de ouvido e ponha o som lá em cima. Como o guitarrista Doug Wamble tem um diferente conceito louco, a proficiência aquece. Sua guitarra escorre com o sotaque acústico de um coração de um blueseiro e busca a natureza da cabeça de um jazzista. É mais uma vez sofisticado e intensamente despojado. Como poderia não ser, dado a companhia que Wamble mantém em “Blues In The Present Tense?”. Para a bateria ele recrutou Jeff “Tain” Watts, com Eric Revis no baixo. Então lança um tremendo saxofonista chamado Prometheus Jenkins (vulgo Branford Marsalis), e você tem o clássico Branford Marsalis Trio tocando blues atrás de um guitarrista matador. Agora, reúna-os em um estúdio por um dia para uma gravação. Bam! Pura magia espontânea. Se o número de abertura, “Homesick”, não faz você dizer, “Claro que sim”, então apenas faça sua terceira sesta no dia e chame sua enfermeira. O álbum tem Wamble e companhia cantando e tocando o caminho deles através de tantas das questões que o mundo enfrenta hoje, talvez nenhuma mais pungente do que “Maga Brain”, uma canção com um jogo de nome esperto do clássico P-Funk, “Maggot Brain”, mas, além disto, uma acusação de divisão no país mesmo dentro de famílias. Agora, estes blues tradicionais estão nesta gravação? Seguramente, “Along The Way” e “Blues For The Praying Man” têm este sentimento familiar e clássico. Porém, a diferença é a pura genialidade dos músicos. Watts é diferente de qualquer baterista blues que você já ouviu, quebrando regras com esplendor e gingado, enquanto Revis fecha-se bem e ajusta-se com um golpe forte e firme cócegas no baixo. Jenkins, por suas contribuições, está embarcado para um bom tempo com rajadas de blasfêmias que vai direto à alma. Assim o resultado soa como quatro qualificados músicos para ir ao poço-mãe da música e criar um tsunami. É uma sessão de gravação de uma parte divertida de uma jam session.

Faixas

1.Homesick 06:27

2.MAGA Brain 09:42

3.No Worries 07:24

4.If I'm Evil 07:16

5.Along The Way 06:33

6.Blues For The Praying Man 08:53

7.Blues To The Unfound 05:34

8.Blues In The Present Tense 11:09

Fonte: Frank Alkyer (DownBeat)