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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Morre o baterista de Jazz Max Roach.

NEW YORK, 16 Ago 2007 (AFP) - O percussionista e compositor Max Roach, uma lenda do jazz, morreu em Nova York aos 83 anos, anunciou nesta quinta-feira um porta-voz da sua gravadora Blue Note.

"Ele morreu dormindo", declarou Cem Kurosam, sem dar mais detalhes. Max Roach estava doente há algum tempo.

Filho de uma cantora de gospel, Max Roach tocou com grandes nomes do jazz do século 20, de Coleman Hawkins a Dizzy Gillespie, de Thelonious Monk a Charlie Parker, de Sonny Rollins a Miles Davis com quem ele gravou "Birth of the Cool".

Uma outra gravadora com quem Max Roach trabalhou, divulgou um comunicado com homenagem ao grande músico.
"Paralelamente à carreira excepcional, Max Roach foi um defensor apaixonado dos direitos humanos", acrescentou o comunicado.
Em 1954, Max Roach fundou com o trompetista Clifford Brown o lendário quinteto que desenvolveu o be-bop em direção a um novo estilo conhecido como "hard-bop".
A morte acidental de Clifford Brown o afetou muito.
Em 1958, ele se engajou ativamente na defesa dos direitos dos negros americanos, publicando álbuns como "We Insist: Freedom Now suite" e "Newport Rebels".
Casado com a cantora Abbey Lincoln, ele participou ativamente da política dos anos 60 ao lado de Martin Luther King e Malcolm X.
Em 1985, ele tocou com Bernard Lubat, Manu Dibango e Salif Keita num concerto pela liberação de Nelson Mandela.
Sem cansar de inovar, Max Roach foi considerado um dos maiores solistas da história do jazz.
Morre, aos 83 anos, Max Roach, um dos pioneiros do jazz moderno Roach, que nasceu na Carolina do Norte, em 1924, e foi criado no Brooklyn nova-iorquino, entra para a história como um dos renovadores do jazz, estilo ao qual dedicou sua vida e com o qual rompeu uma série de barreiras musicais graças ao seu peculiar estilo de tocar bateria.

As improvisações e inovações rítmicas que introduzia em suas composições e que ajudaram a definir o sofisticado som do "bebop jazz" fizeram Roach assegurar um lugar importante na história da música.

Gênio autodidata, o percussionista sempre se destacou, desde sua adolescência, nos anos 40, como um dos músicos que desafiavam os ouvidos mais conservadores e faziam o jazz evoluir.

O espírito inovador sempre pautou a carreira de Roach, que foi além da fronteiras do jazz e selou parcerias com coros gospel, grupos de hip-hop e artistas plásticos.

A primeira apresentação do percussionista aconteceu em 1940, quando ele tinha 16 anos e, como substituto de um músico, conseguiu lotar três noites seguidas uma casa nova-iorquina.

Esse show abriu-lhe as portas do mítico Milton's Playhouse, no Harlem. Nessa casa, Roach chegou a se apresentar com o saxofonista Charlie Parker e o trompetista Dizzy Gillespie.

Em 1944, Roach participou de uma das primeiras sessões de gravação de "bebop jazz", junto com Gillespie e o lendário saxofonista Coleman Hawkins.

Com mãos rápidas, o percussionista também colaborou com Miles Davis e a Capitol Orchestra em vários discos.
Graças à criatividade que tinha, nas décadas de 60, 70 e 80, o músico se mantinha como um dos maiores jazzistas da época. Não por acaso, continuava colaborando com vários artistas e tocando em várias bandas.
Também nos anos 70, Roach entrou para a história como o primeiro músico de jazz a lecionar música como professor titular na Universidade de Massachusetts.
Esse ofício o lendário jazzista só veio abandonar no fim dos anos 90, embora tenha continuado tocando e se apresentando com seu quarteto até o ano 2000.
Seu último trabalho foi em 2002, quando compôs e interpretou a música do documentário "How to Fraw a Bunny", sobre o artista plástico Ray Johnson.
P.S. - APROVEITO PARA INDICAR PRÁ VCS O CD DUPLO MAX ROACH COM DIZZY GILLESPIE NA CASA DA CULTURA DA FRANÇA ( PARIS )
por Lourenço Carvalho.

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