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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

CANÇÃO INÉDITA DE TOM E VINICIUS

Sai na semana que vem a edição de luxo Cancioneiro Vinicius de Moraes - Biografia e Obras Selecionadas (Jobim Music, dois volumes. O primeiro com 304 páginas e o segundo, com 176 páginas, R$ 215,00). O livro, organizado por Paulo Jobim, filho de Tom, e Susana Moraes, filha de Vinicius, compreende uma biografia, escrita pelo jornalista Sérgio Augusto, um álbum de 57 partituras e uma parte com as principais canções de Vinicius e parceiros - sete delas com letra e música do poetinha. Vinicius teve 150 parceiros. Mas a parceria com Antonio Carlos Jobim (1927-1994), iniciada em 1955, rendeu provavelmente o que a MPB produziu de mais refinado: Se todos fossem iguais a você, Garota de Ipanema , Insensatez. Na pesquisa para o Cancioneiro, Paulo Jobim lembrou-se de uma canção inédita de Tom e Vinicius, intitulada "Por onde andará o amor". Tom planejou gravar a música no CD Antonio Brasileiro, mas acabou tirando a faixa do álbum, que acabou sendo o seu derradeiro. Paulo conta que escreveu a música de memória, basando-se num manuscrito com a letra de Vinicius, ainda com o título "Tarde Triste", que ele encontrou entre os papéis do acervo do Instituto Antonio Carlos Jobim. Por onde andara o amor é uma canção lenta em compasso quaternário e muito breve. O poema, agora publicado, é construído em versos redondilha maior e dividido em três estrofes. Diz o que segue:

Quem, numa tarde triste
Andou procurando amor
Quem, se o amor existe
Um dia encontrou o amor
Ah, esse apelo triste

Que vem do silêncio em mim
Ah, numa tarde assim
Por onde andará o amor?
Vem, coisa mansa e triste

E sai desta solidão
E diz que existe a paz
No seio (tempo) da paixão

Quem se apresentar para gravá-la, vai se consagrar.

(Enviada por Lourenço Carvalho)

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