
"Loverly" está entre os mais tradicionais discos de Cassandra Wilson desde sua estréia na Blue Note , quinze anos atrás, com "Blue Light´Till Dawn". Produzido por ela e gravado em uma casa alugada em sua cidade natal , Jackson, no Missisipi, com poucos artifícios, arranjos simples e um grande som, Wilson e um quinteto formado por antigos parceiros, apresentam dez "standards" , "Dust My Blues" de Robert Johnson e um original da banda, baseado na sonoridade da África Ocidental, "Arere".
Wilson não vinha soando bem por algum tempo - elegante , natural e alegre. Dentro do ritmo. A maioria das faixas são suportadas pelo baterista Herlin Riley e o baterista e percussionista nigeriano Lekan Babalola. Wilson chama a si mesma de "não-produtora", mas a decisão de criar os arranjos de "Loverly" a partir do som percussivo , começou com as sugestões rítmicas de Babalola e Riley, que contribuem imensamente para a apresentação executada com maestria.
Os bateristas estão unidos por mais dois grandes companheiros, o guitarrista Marvin Swell e o pianista Jason Moran. Sewell, originário de Chicago, traz uma pegada da sua região para a música. Já Moran é difícil de classificar. É uma combinação efetiva. Sewell está bem "ácido" na "funkeada" "St. James Infirmary" (que apresenta uma maravilhosa participação do trompetista Nicholas Payton) e tira o chapéu para o guitarrista Elmore James em "Dusty My Broom". Moran sola com fluidez em "Caravan" e "Infirmary", e mais reflexivamente em "Spring Can Really Hang You The Most".
Wilson traz ar fresco para material familiar. Ela está completamente segura e controlada nos tempos lentos, como na bela "Black Orpheus", "Till There Was You" e a definitiva "The Very Thought Of You", apresentando uma deliciosa leitura lenta , acompanhada pelo baixista Reginald Veal. Ela salta com energia para tempos rápidos, como na abertura de "Love Come Back To Me".
O bom humor permeia praticamente cada faixa. Da mesma forma "Wouldn´t It Be Loverly" é celebratória e emocional, refrescantemente livre da forma em que geralmente é apresentada.
"St. James Infirmary" e "Dust My Broom" são um pouco tristes, mas possuem uma vitalidade que não as contamina. Do mesmo jeito "Spring Can Really Hang You The Most" soa mais como algo que se move para frente do que algo que entristece.
Grandes canções, grandes interpretações e grande banda. Realmente , adorável.
Fonte : All About Jazz / Chris May
Wilson não vinha soando bem por algum tempo - elegante , natural e alegre. Dentro do ritmo. A maioria das faixas são suportadas pelo baterista Herlin Riley e o baterista e percussionista nigeriano Lekan Babalola. Wilson chama a si mesma de "não-produtora", mas a decisão de criar os arranjos de "Loverly" a partir do som percussivo , começou com as sugestões rítmicas de Babalola e Riley, que contribuem imensamente para a apresentação executada com maestria.
Os bateristas estão unidos por mais dois grandes companheiros, o guitarrista Marvin Swell e o pianista Jason Moran. Sewell, originário de Chicago, traz uma pegada da sua região para a música. Já Moran é difícil de classificar. É uma combinação efetiva. Sewell está bem "ácido" na "funkeada" "St. James Infirmary" (que apresenta uma maravilhosa participação do trompetista Nicholas Payton) e tira o chapéu para o guitarrista Elmore James em "Dusty My Broom". Moran sola com fluidez em "Caravan" e "Infirmary", e mais reflexivamente em "Spring Can Really Hang You The Most".
Wilson traz ar fresco para material familiar. Ela está completamente segura e controlada nos tempos lentos, como na bela "Black Orpheus", "Till There Was You" e a definitiva "The Very Thought Of You", apresentando uma deliciosa leitura lenta , acompanhada pelo baixista Reginald Veal. Ela salta com energia para tempos rápidos, como na abertura de "Love Come Back To Me".
O bom humor permeia praticamente cada faixa. Da mesma forma "Wouldn´t It Be Loverly" é celebratória e emocional, refrescantemente livre da forma em que geralmente é apresentada.
"St. James Infirmary" e "Dust My Broom" são um pouco tristes, mas possuem uma vitalidade que não as contamina. Do mesmo jeito "Spring Can Really Hang You The Most" soa mais como algo que se move para frente do que algo que entristece.
Grandes canções, grandes interpretações e grande banda. Realmente , adorável.
Fonte : All About Jazz / Chris May
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