+ 14/5/1998, Los Angeles, EUA
Há dez anos, o mundo perdia Frank Sinatra, considerado a mais perfeita voz de toda a história da música popular internacional e famoso, também, por sua interpretação em inúmeros filmes.
Há dez anos, o mundo perdia Frank Sinatra, considerado a mais perfeita voz de toda a história da música popular internacional e famoso, também, por sua interpretação em inúmeros filmes.
Decorridos 10 anos de seu desaparecimento, Frank Sinatra recebe homenagens como melhor cantor da música popular. Correto ator de cinema, ganhador de um Oscar por seu desempenho no filme “A Um Passo da Eternidade”, Frank Sinatra consagrou-se como um gênio na qualidade de cantor, por muitos considerado a mais perfeita voz de toda a história da música popular internacional. Aos 10 anos de sua partida, a memória do grande intérprete é homenageada com relançamento de álbuns, filmes e DVDs de apresentações que assinalaram os principais momentos de sua brilhante carreira artística, no cinema e na música.
Nascido em New Jersey-EUA, em 1915, filho de dois imigrantes italianos, Sinatra foi um autodidata musical, desenvolvendo um estilo irretocável de cantar. Como quase nenhum outro artista da música pop em todos os tempos, criou uma fluente linha de interpretar sem pausas perceptíveis para respiração, recurso utilizado somente pelos grandes cantores de ópera. A ênfase vocal dada às frases, com dicção e afinação perfeitas, também é quase única no cancioneiro popular, sendo registrada apenas nas vozes de Billie Holiday e Mabel Mercer.
Voz inigualável
A dimensão do seu talento e a originalidade como cantor valeram a Frank Sinatra o apelido de “A Voz”. Sempre versátil e comprometido com o novo, ele foi diretamente responsável pela consagração internacional do brasileiro Antônio Carlos Jobim, ao convidar o compositor brasileiro para gravar músicas dele em álbuns que ainda hoje batem recordes de vendas.
Com extraordinário carisma, transportado para os palcos e para as telas, o adorado cantor e ator, também conhecido como “Olhos Azuis”, teve uma vida particular muito tumultuada, sendo acusado de ter ligações com a Máfia e de haver tentado o suicídio quando rompeu seu relacionamento com a atriz Ava Gardner, por ele mesmo considerada a maior paixão de sua vida. Mesmo muito tempo depois de separados, Frank ajudou financeiramente Ava, quando a bela atriz de “A Condessa Descalça”, já completamente dominada pelo alcoolismo, perambulava caçando jovens gigolôs pelas ruas de Madrid, na Espanha.
Presença constante
Desde seu lançamento como cantor, ainda muito jovem, Frank Sinatra dominou o universo da música popular internacional. Foi premiado dez vezes com o Grammy, maior troféu no gênero dos EUA, e ganhou 31 discos de ouro, nove de platina, três duplo platina e um triplo platina, por sucessivos êxitos de vendas. Certa vez, Frank Sinatra chegou a afirmar sobre si mesmo: “Só se vive uma vez e, do jeito que vivo, uma vez é suficiente”.
No cinema, atuou em 58 filmes, destacando-se tanto em musicais como “Marujos do Amor”, “Alta Sociedade” e “Um Dia em Nova York”, quanto em desempenhos dramáticos de grande intensidade, nos filmes “O Homem do Braço de Ouro”, “Não Serás um Estranho”, “ Redenção de um Covarde”, “Crime Sem Perdão” e “A Um Passo da Eternidade”, pelo qual obteve o Oscar e o Globo de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante. Também conquistou o Prêmio Cecil B. DeMille, concedido pela Associação de Jornalistas Estrangeiros, também nos Estados Unidos.
Uma das canções que mais o identifica, além da sempre solicitada “My Way”, é “Strangers in the Night”, logo adotada, à sua revelia e em face de uma letra um tanto dúbia, como um dos hinos favoritos do público “gay” em todo o mundo.
Até sua morte, em 1998, Sinatra manteve-se em plena atividade artística. No Brasil, conseguiu lotar o estádio do Maracanã, com um público constituído por pessoas de todas as idades, de vez que sempre foi efusivamente aceito por várias gerações e ainda hoje o é, em meio a várias faixas etárias reconhecedoras do brilho singular de um dos maiores artistas do Século XX.
FIQUE POR DENTRO
O cantor e suas quatro esposasFrank Sinatra (1915-1998) teve quatro esposas: Nancy Barbato, as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow (intérprete do clássico ´O Bebê de Rosemary´, de Roman Polanski) e Bárbara Marx, com quem viveu até o final de seus dias. Deixou três filhos: Nancy, Frank Sinatra Jr.e Tina.Em sua versátil carreira, interpretou vários gêneros musicais, do Big Band ao Swing, do Pop Clássico à Bossa Nova. Faleceu aos 82 anos, em Los Angeles, deixando um vazio até hoje não ocupado no campo da música popular.
JOSÉ AUGUSTO LOPES Repórter Diário do Nordeste, Fortaleza/Ce
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