playlist Music

sábado, 26 de julho de 2008

MORRE JOHNNY GRIFFIN


Johnny Griffin, frequentemente chamado “o mais rápido saxofonista do mundo”, morreu ontem , 25 de Julho, em sua residência no vilarejo de Mauprevoir, sudoeste da França, aos 80 anos. A causa não foi anunciada, entretanto, a legenda do sax tenor tinha apresentação marcada para a noite do dia em que ocorreu o seu falecimento.

Griffin, que viveu na França nos últimos 18 anos de sua vida , foi inicialmente reconhecido por suas contibuições para a música de grandes jazzistas como Thelonious Monk, Art Blakey e Lionel Hampton, mas foi louvado principalmente por suas contribuições como líder. Apelidado “O Pequeno Gigante,” a velocidade do seu sopro extasiava seus ouvintes, porém aquela velocidade não obscurecia a beleza e a força das suas melodias.

Nasceu em 24 de Abril de 1928 em Chicago. Griffin primeiro tocou clarinete no segundo grau , antes de mudar para o saxofone alto. Em 1941, em uma escola de dança, ele assistiu ao tenorista Gene Ammons e mudou outra vez, desta vez fixando-se no sax tenor. Sua primeira atuação profissional foi com o guitarrista T-Bone Walker, mas Griffin veio a ganhar proeminência no meado dos anos 40 nas bandas de Lionel Hampton (com quem gravou seu primeiro disco em 1945 na idade de 17 anos ) e Joe Morris. Ele , também , trabalhou no período com Thelonius Monk e Bud Powell.

Esteve no Exército no início dos anos 50, passando a maior parte do tempo na banda do Exército, que se seguiu a um longo período com a “Art Blakey’s Jazz Messengers” e depois com Monk. Griffin teve uma faixa gravada pelo selo OKeh em 1953 e lançou seu álbum de estréia como líder (“Introducing Johnny Griffin) em 1956 pela Blue Note, acompanhado por Wynton Kelly (piano) Curly Russell (baixo) e Max Roach (bateria).

Griffin uniu-se outra vez a Blakey em 1957, mas uma das mais essenciais sessões da sua carreira ocorreu em 06 de Abril daquele ano no “Rudy Van Gelder’s Studio” em Hackensack, NJ, quando , junto com Lee Morgan (trompete), John Coltrane, Hank Mobley (todos no saxofone tenor), Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo) e Blakey (bateira) produziram o álbum “A Blowin’ Session” para a Blue Note. Ainda hoje é considerado um dos grandes discos da era do bop.

Em 1958 a reputação de Griffin pela velocidade no seu instrumento veio à tona. O crítico Ralph J. Gleason escreveu: “Inquestionavelmente Johnny Griffin pode tocar o saxofone tenor mais rápido , literalmente que outro artista vivo. Ao menos ele pode ter este título até que outro demonstre o contrário. E no curso do seu toque com incrível velocidade , ele também sopra longo sem a necessidade de respirar como seria comum fazer . Com estes predicados ele é capaz de tocar quase tudo que pode ser tocado em coro.”

O estilo de Griffin e a qualidade de seu toque permaneceu consistente através de sua longa carreira. Em 1958 ele trabalhou com Monk, Nat Adderley, Chet Baker e outros , enquanto , no selo “Riverside” , continuava a lançar álbuns que constituíram marcos tanto sob seu nome como colaborador. Isto inclui o disco “Tough Tenors” nos anos 60, uma das várias gravações que fez com o tenorista Edddie “Lockjaw” Davis.

Griffin permaneceu prolífico nos estúdios, lançando álbuns por selos como Jazzland, Prestige, Emarcy, Inner City, Galaxy, Atlantic, Black Lion, Antilles, Verve, Dreyfus e muitos outros, bem como contribuindo para gravações de Kenny Clarke, Dizzy Gillespie, Dexter Gordon, Ray Brown, Jimmy Smith e outros artistas. Sua última gravação documentada ocorreu ao redor dos anos 2000, mas Griffin continuou a se apresentar até a sua morte , principalmente com músicos europeus.

Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin

Nenhum comentário: