
Se o Jazz da “West Coast” tem um “sabor”, é suave seco. O trompetista, vocalista e ator Jack Sheldon tocou grande parte do tempo moldando seu tom no período seguido ao “Birth of the Cool (Blue Note, 1949)” de Miles Davis . Aquela gravação foi o tiro na proa do bebop que deu aos grandes músicos da “Left Coast” a possibilidade de aperfeiçoar o que Miles iniciou, apenas como Mozart aperfeiçoou a qualidade do classicismo de Haydn. A grande personalidade e capacidade de Sheldon para fazer piadas possibilitou o seu reconhecimento como o Dizzy Gillespie da “West Coast”. Este temperamento tem às vezes sobrepujado o soberbo trompetista e vocalista que Sheldon é. A combinação destes talentos é abundante em “It's What I Do”.
Sheldon primorosamente deconstrói dez standards do jazz estendendo-se sobre a vida do jazz, do bebop de Charlie Parker com “Yardbird Suíte” ao pós hard bop de John Coltrane com “Persuance”. Ele está à frente do seu quarteto, o formato preferido pelo seu companheiro da “West Coast”, o saxofonista Art Pepper. O quarteto oferece ao solista maior exposição com a completa seção rítmica. Sheldon aproveita completamente a vantagem do espaço, se apresentando em registro médio com entonação seca sem vibrato, como Chet Baker, mas com um seguro entusiasmo e jocosidade que Chet Baker nunca alcançaria.
A excelente seção rítmica de Sheldon, composta pelo pianista Joe Bragg, pelo baixista Bruce Lett e pelo baterista Dick Weller, possibilitam a todos um acompanhamento competente e belas seções de solo. A seção rítmica nunca exagera , sempre dando suporte a Sheldon com a necessária força para que o suíngue seja encontrado na medida certa . Quando chega o momento de dar suporte ao líder , isto é feito com graça e classe. Lett toca como Paul Chambers, utilizando pizzicato.
Sheldon apresenta sua mais progressiva manifestação musical na abertura do disco com “Naima” de John Coltrane e posteriormente com “Persuance” do mesmo Coltrane. Passa para Miles Davis com as suingantes “Seven Steps to Heaven”, “Four” , “ Milestones” e “Freddie the Freeloader”. Monk e Strayhorn são homenageados em exuberantes performances de “Well, You Needn´t” e “Chelsea Bridge”. No final do álbum estão duas composições de Charlie Parker, “Steeplechase” e “Yardbird Suite”. Talvez Sheldon esteja certificando o alfa e o ômega do jazz dentro do seu catálogo e estabelecendo princípios para os standards.
Faixas: Naima; Persuance; Seven Steps to Heaven; Four; Milestones; Well, You Needn't; Chelsea Bridge; Freddy the Freeloader; Steeplechase; Yardbird Suite.
Músicos: Jack Sheldon: trompete; Joe Bagg: piano; Bruce Lett: baixo; Dick Weller: bateria.
Fonte: All About Jazz /Michael Bailey
Sheldon primorosamente deconstrói dez standards do jazz estendendo-se sobre a vida do jazz, do bebop de Charlie Parker com “Yardbird Suíte” ao pós hard bop de John Coltrane com “Persuance”. Ele está à frente do seu quarteto, o formato preferido pelo seu companheiro da “West Coast”, o saxofonista Art Pepper. O quarteto oferece ao solista maior exposição com a completa seção rítmica. Sheldon aproveita completamente a vantagem do espaço, se apresentando em registro médio com entonação seca sem vibrato, como Chet Baker, mas com um seguro entusiasmo e jocosidade que Chet Baker nunca alcançaria.
A excelente seção rítmica de Sheldon, composta pelo pianista Joe Bragg, pelo baixista Bruce Lett e pelo baterista Dick Weller, possibilitam a todos um acompanhamento competente e belas seções de solo. A seção rítmica nunca exagera , sempre dando suporte a Sheldon com a necessária força para que o suíngue seja encontrado na medida certa . Quando chega o momento de dar suporte ao líder , isto é feito com graça e classe. Lett toca como Paul Chambers, utilizando pizzicato.
Sheldon apresenta sua mais progressiva manifestação musical na abertura do disco com “Naima” de John Coltrane e posteriormente com “Persuance” do mesmo Coltrane. Passa para Miles Davis com as suingantes “Seven Steps to Heaven”, “Four” , “ Milestones” e “Freddie the Freeloader”. Monk e Strayhorn são homenageados em exuberantes performances de “Well, You Needn´t” e “Chelsea Bridge”. No final do álbum estão duas composições de Charlie Parker, “Steeplechase” e “Yardbird Suite”. Talvez Sheldon esteja certificando o alfa e o ômega do jazz dentro do seu catálogo e estabelecendo princípios para os standards.
Faixas: Naima; Persuance; Seven Steps to Heaven; Four; Milestones; Well, You Needn't; Chelsea Bridge; Freddy the Freeloader; Steeplechase; Yardbird Suite.
Músicos: Jack Sheldon: trompete; Joe Bagg: piano; Bruce Lett: baixo; Dick Weller: bateria.
Fonte: All About Jazz /Michael Bailey
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