
Se o saxofonista tenor Don Braden pode ser chamado de neo-tradicionalista, não é só porque é um dos reconhecidos membros do time do movimento “retrô” liderado por Wynton Marsalis desde os anos 80, tendo substituído Branford Marsalis na banda de Wynton. O tradicionalismo de Braden é também aparente em sua performance com o seu quarteto , que combina sete “standards” com três originais. Seus solos podem ser imaginativos, mas ele tem a tendência , quando está no meio de uma improvisação, de encontrar um meio de voltar a trabalhar na melodia básica da canção, apenas como uma breve reafirmação, como se fosse para lembrar aos ouvintes que a composição é o que conta não o solista.
Esta tendência é consistente com o entusiasmo com o qual ele toca a melodia. Há uma óbvia simpatia pela forma como a música foi escrita. Quando ele executa “Secret Love” soa como uma rendição à performance desta música desde que ela foi sucesso na década de 50. Você não pode dizer o mesmo sobre “Never Can Say Goodbye”, o sucesso dos anos 70 do “Jackson 5”, mas Braden reconhece, largamente, o potencial suingante da canção, que soa familiar, mesmo em nova versão. Ele pode ser caloroso como a balada original, como na canção título. Entretanto, em poucos acordes ele demonstra sua capacidade técnica, apresentando floreios de notas crescentes e decrescentes em seu instrumento que pode deixar o ouvinte, se não o próprio executante, sem respiração.
Entre os parceiros de Braden estão o pianista George Colligan e o baixista Joris Teepe, que obtêm espaços ocasionais para se expressar. Teepe, particularmente, em duas performances em dueto com Braden : a original “The Hunter” e “My Foolish Heart”, que apresenta Braden utilizando a flauta alto. O baterista Cecil Brooks III faz uma não menos óbvia contribuição. Ele produziu o disco. “My Foolish Heart” é delicada e suavizadora, após o original assertivo “Two of a Kind”, providenciando uma transição para um tributo ao precursor do hard bop , Lee Morgan, em “Speed Ball”. Este é um álbum em que Braden faz com o que neo-tradicionalismo encaixe com a música que ele tem estudado e ama , permaneça viável, e que jovens músicos podem , ainda, encontrar novas coisas para dizer.
Fonte : William Ruhlmann
Esta tendência é consistente com o entusiasmo com o qual ele toca a melodia. Há uma óbvia simpatia pela forma como a música foi escrita. Quando ele executa “Secret Love” soa como uma rendição à performance desta música desde que ela foi sucesso na década de 50. Você não pode dizer o mesmo sobre “Never Can Say Goodbye”, o sucesso dos anos 70 do “Jackson 5”, mas Braden reconhece, largamente, o potencial suingante da canção, que soa familiar, mesmo em nova versão. Ele pode ser caloroso como a balada original, como na canção título. Entretanto, em poucos acordes ele demonstra sua capacidade técnica, apresentando floreios de notas crescentes e decrescentes em seu instrumento que pode deixar o ouvinte, se não o próprio executante, sem respiração.
Entre os parceiros de Braden estão o pianista George Colligan e o baixista Joris Teepe, que obtêm espaços ocasionais para se expressar. Teepe, particularmente, em duas performances em dueto com Braden : a original “The Hunter” e “My Foolish Heart”, que apresenta Braden utilizando a flauta alto. O baterista Cecil Brooks III faz uma não menos óbvia contribuição. Ele produziu o disco. “My Foolish Heart” é delicada e suavizadora, após o original assertivo “Two of a Kind”, providenciando uma transição para um tributo ao precursor do hard bop , Lee Morgan, em “Speed Ball”. Este é um álbum em que Braden faz com o que neo-tradicionalismo encaixe com a música que ele tem estudado e ama , permaneça viável, e que jovens músicos podem , ainda, encontrar novas coisas para dizer.
Fonte : William Ruhlmann
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