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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MARK WEINSTEIN –STRAIGHT NO CHASER (Jazzheads)


Um ex-trombonista das bandas de Eddie Palmieri, Cal Tjader, Tito Puente e Larry Harlow na década de 60, Mark Weinstein retirou-se da cena musical para obter um título de Ph.D. em Filosofia com especialização em Lógica Matemática nos anos 70. Ele reemergiu , nos anos 90, como flautista e gravando álbuns com influências afro-cubanas e brasileiras.

Mas em “Straight No Chaser”, Weinstein está tocando estritamente jazz, e soando com fluidez e autoridade. Para estabelecer com clareza sua credenciais jazzísticas ele surge fulgurante em “Loverin’”, uma peça suingante embasada em alterações no “standard” “Lover”. Sua banda é de primeira classe , formada pelo baterista Victor Lewis, pelo baixista Ed Howard e pelo guitarirsta Dave Stryker, que atua com precisão e autoconfiança, enquanto Weinstein voa livremente para o topo. O solo de Stryker contra a pulsação infalível de Howard e a maestria de Lewis , possibilita uma notável interação. O guitarrista, também, brilhantemente trabalha as variações na composição de John Coltrane ,“Countdown”, construindo esta brilhante faixa.

Eles suavizam a bela “Miyako”, em ¾ , de Wayne Shorter, que é realçada pelo sensitivo trabalho das escovinhas de Lewis e pelo pianístico acompanhamento de Stryker na guitarra. Weinstein utiliza um excitante tempo médio na sua composição “Blues for Janice” e soa relaxadamente , quando revela um modo suave de tratar as baladas na leitura de “Violets for Your Furs”. Em outros momentos, eles suingam com exuberância em “Airegin” de Sonny Rollins’, navegam espertamente na traiçoeira “Sleeping Beauty” de Weinstein e alternadamente entre a vivacidade de “Poinciana” e a vibração suingante da performance criativa de “Invitation”. Divertidamente Weinstein toca “Straight, No Chaser” de Thelonius Monk na flauta baixo , com Lewis colocando uma contagiante segunda linha e Stryker contribuindo com um toque a la Wes Montgomery.

Enquanto Weinstein voou sem ser detectado pelos radares nas duas décadas passadas, esta seção jazzística demonstra aos fãs e críticos que ele aos 68 anos , ainda é um talento que merece largo reconhecimento.


Fonte : JazzTimes /Bill Milkowski

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