
Hubbard nasceu em 7 de Abril de 1938 em Indianapolis. Ele gravou e atuou com os valorosos companheiros de Indianápolis, Wes and Monk Montgomery , antes de migrar para Nova York em 1958. Em sua enérgica atuação como companheiro de Sonny Rollins, Slide Hampton, Paul Chambers e Philly Joe Jones, dentre outros, ele começou gravando um conjunto de influentes álbuns para a Blue Note em 1960. Aqueles discos ajudaram a consolidar a reputação inigualável do hard bop para o selo e estabelecer o trompetista como o mais importante estilista desde Lee Morgan, um músico que Hubbard substituíria no “Art Blakey’s Jazz Messengers” em 1961.
Seu som e técnica possuiam um irresistível paradoxo: Fraseado rápido e feérico dentro do bebop e acrobáticos uso de registros altos, complementados por uma entonação encantadora —brilhante, apaixonada e instantaneamente identificável— e uma profunda propensão pela melodia. Em complemento ao seu período com Quincy Jones e Blakey na primeira metade dos anos 60, Hubbard lançou duas sessões essenciais como líder para o selo “Impulse!” em 1962 e 1963, e contribuiu como acompanhante nos históricos álbuns de Oliver Nelson, “The Blues and the Abstract Truth”, de John Coltrane, “ Africa/Brass”, de Wayne Shorter, “Speak No Evil” e de Herbie Hancock, “Empyrean Isles" e "Maiden Voyage”. Como sua ascensão coincidiu com o desenvolvimento do movimento “avant-garde” no jazz , ele , também , participou de alguns dos mais conhecidos discos deste movimento , entre os quais estão : “Free Jazz” de Ornette Coleman,” Ascension” de John Coltrane e “Out to Lunch” de Eric Dolphy.
No final dos anos 60 seus próprios álbuns marcaram o incremento de material do post-bop e de coloração comercial (“A Soul Experiment” de 1969) e por volta dos anos 70 ele começou definindo o som do selo CTI de Creed Taylor. Seus primeiros discos neste selo “Red Clay”, “Straight Life” e o vencedor do Grammy, “First Light”, representam algumas das melhores gravações e , lamentavelmente , esquecidos na história do jazz .
Hubbard ofereceu uma marca muito mais diferente ao “fusion” que Miles Davis . Sua descendência tinha raízes no hard bop e bebia pesadamente no R&B e no funk. Estas gravações eram acessíveis para sua refinada produção e não impositivas para sua veloz sonoridade, do que qualquer outra experiência empobrecedora de sua música.
Como foi comum nos anos 70, a desavergonhada acessibilidade comercial resultou em uma série de sessões na Columbia que provocou constrangidas críticas para as questões que motivaram Hubbard . De alguma forma , ironicamente , esssas sessões ganharam importância para jovens músicos interessados em obscuridades, para a cultura dos DJ e no dia a dia da nostalgia. A capacidade de Hubbard , em contraste, permanecia indesafiável , devido ao seu hábito de utilizar ferozmente os materiais clássicos , mesmo que seus trabalhos em estúdio fossem mais palatáveis, além da sua restrita participação no grupo V.S.O.P. , que homenageava Miles Davis , e que usava remanescentes do segundo grande quinteto de Miles.
Nos anos 80, Hubbard teve problemas devido ao uso abusivo de drogas , mas retornou à Blue Note para uma série de álbuns que valem a pena, dois dos quais foram propositadamente agradáveis , onde ele atuou com o trompetista fenomenal, Woody Shaw. Após sofrer sérios danos em seu lábio superior em 1992, Hubbard nunca mais recuperaria sua histórica pegada , e em anos recentes incorreu em outros problemas de saúde não relacionados com sua embocadura.
Todavia , ele foi nomeado mestre pela “NEA Jazz” em 2006, e no verão de 2008 teve um período de retorno relativo. Ele uniu-se ao seu gerente e seguidor como trompetista, David Weiss, no “New Jazz Composers Octet” para um álbum que teve boa acolhida, “On the Real Side [Times Square]”, (NR- Resenha publicada neste blog em 19/10 ) , no qual Hubbard toca flugelhorn. Ele celebrou o lançamento em seu 70º aniversário com uma performance no clube “New York’s Iridium” e no “Yoshi´"em San Francisco.
Conforme divulgado recentemente pela JazzTimes e pela “Associated Press”, Hubbard parecia satisfeito com seu legado e entusiasmado com seu trabalho como compositor. Hubbard deixou esposa , Briggie, e filho, Duane.
Fonte :JazzTimes
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