playlist Music

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

DONALD HARRISON - The Chosen (Nagel-Heyer)


Neste ponto de sua carreira, 25 anos após seu álbum arrasador “New York Second Line” em parceria com Terence Blanchard, e seguindo o inestimável aprendizado com Art Blakey e Eddie Palmieri, o saxofonista alto Donald Harrison já passou a ser um experiente veterano e um respeitado líder e descobridor de talentos. Seu jovem sobrinho, o trompetista Christian Scott, é sua descoberta. Ele já tem uma carreira promissora. Em “The Chosen”, seu quinto lançamento pela Nagel Heyer, Harrison está na companhia de novos companheiros talentosos como o pianista Victor Gould, o baixista Max Moran e o sensacional baterista Joseph Dyson Jr. Juntos eles cobrem um largo caminho em um território estilístico, que vai da ebuliente “Mr. P.C” de John Coltrane, apresentando uma intensa interação entre o saxofone e a bateria , passando pela relaxada e livremente suingante apresentação de “If I Were a Bell” plena de truques de modulações métricas , até a contagiante faixa que dá título ao disco, além da surpreendente “I’m the Big Chief of Congo Square”, em que o saxofonista ressuscita sua rica origem de New Orleans , referenciando sua ótima gravação de 1991, “Indian Blues”.

Estranhamente , Harrison escolhe não participar da atuação da sua talentosa seção rítmica em “Caravan” de Juan Tizol. Ele retorna para uma comovente “They Can’t Take That Away From Me” , uma pepita de George e Ira Gershwin, apresentando a familiar melodia dentro de uma simplicidade e charme de um vocalista, antes de alcançar o ápice em vôos inspirados em Charlie Parker. Ele toca com alma sua evocativa balada “To Nola With Love”, realmente espalhando um toque gospel ao longo dos dez minutos de evocação a New Orleans. Sua outra composição inclui a indispensável “The Right Touch” com um toque de R&B, ancorada por um “Fender Rhodes” e a batida hip-hop de Dyson , além da sonhadora “Urban Serengeti”. Ele reúne quatro bateristas que participam de paradas em New Orleans na ultra “funkeada” “Drum Line”. Um potente programa que , do começo ao fim , não deixa espaço a preencher.

Fonte : JazzTimes / Bill Milkowski

Nenhum comentário: