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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

KENNY BARRON - THE TRAVELER (Sunny Side [2008])


Um improvável grupo de músicos está com Kenny Barron em “The Traveler”, realizando a última incursão do pianista em estúdio, dando-lhe mais cor e, às vezes, sendo intrigante.

No rol de convidados estão três vocalistas com estilos diferentes —Ann Hampton Callaway, Grady Tate, Gretchen Parlato— e , quando o foco está em suas contribuições, as performances são sonhadoras, finas e assombrosas em suas variações. A atuação de Parlato na canção sagazmente intitulada “Phantoms”, música composta por Barron e letra de Janice Jarrett, é particularmente agradável, perfeitamente em sintonia com um arranjo sobrenatural, que apresenta o guitarrista Lionel Loueke. É uma das três faixas do disco em que predomina a mistura única da sua destreza e imaginação. Sua mais aventurosa aparição vem em “Duet”, dinamicamente ativa e ,frequentemente, uma improvisação livre entre guitarra acústica e piano.

Por um longo tempo, antes de Loueke chegar à cena , entretanto, o saxofonista soprano Steve Wilson deixa uma forte impressão, primeiro na intricada faixa título do álbum, depois na divertida e antenada no “bop”, “Speed Trap”. Ambas são performances em quarteto, primorosamente matizada ou vivamente impulsionada pelo baixista Kiyoshi Kitagawa e pelo baterista Francisco Mela. Deixada por última está a performance solo de Barron em “Memories of You”— uma inteiramente deliciosa coda.

Em 1986, o baixista Harvie S convidou Barron para uma série de duetos, e uma fita foi gerada. Os músicos tocam com absoluto prazer da colaboração mútua. Agora o prazer é nosso, cortesia de uma bem guardada gravação devotada quase inteiramente ao pop e aos “standards”do jazz.

Tão improvisada como foi a parceria, Harvie S não deixou a folha dos arranjos ao acaso. A ênfase está na melodia desenvolvida, uma arte em que Barron é um mestre, e em vez de pontuar os arranjos a cada momento e então improvisar uma ou duas atuações em conjunto, Harvie S segue suave, apresentando um envolvente e lírico toque em “Body and Soul”, “Darn That Dream” e outras baladas que inspiram imaginativas linhas e ânimo estruturado. Ressaltamos duas faixas como destaques : uma vibrante e de espírito livre ,“Confirmation” , e um comovente recital com atuação única do baixo em “Chelsea Bridge.”

Fonte : JazzTimes / Mike Joyce

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