
A despeito de insignificantes similaridades, não interprete erroneamente esta formação de saxofones alto e tenor com a seção rítmica como um retrabalho daquela do quinteto de Lennie Tristano . O altoísta Loren Stillman e o tenorista Andrew Rathbun não são Lee Konitz e Warne Marsh. E, claro, o pianista George Colligan não é Lennie.
O líder e baixista Scott Lee oferece simples e provocante música no competente “One Thought”. Não é o som esculpido de Tristano em seus grupos mais conhecidos, entretanto tem uma intensidade introvertida. Aqueles que sentem que o jazz está perdendo sua margem criativa deveriam ouvir este álbum e outros dentro do “mainstream”, que foram lançados nos anos recentes.
A seção rítmica de Colligan, Lee e o baterista Jeff Hirshfield permite que os músicos da linha de frente tenham a latitude para navegar dentro desta estrutura musical livre, toda criada por Lee, um fino músico , inclusive com o uso do arco. A música é tranquila e contemplativa , ainda que frequentemente deslize para zonas mais livres de comunicação. O ponto é que é uma audição mais profunda do que simplesmente ficar batendo os pés ou balançando a cabeça.
Há alguns potentes solos na abertura de “A.R.”. É algo que atinge metade do álbum , antes de mergulhar no ambiente do suingue convencional na sétima faixa, “The Lope”, seguida por “Form and a Twist” da mesma linha. “Switch” é uma livre e controlada conversação entre os dois saxofones. A penúltima faixa “Conversations” reverte a passagem pela zona da quietude antes do disco fechar com a fulgurante “P.S. 11.”
Fonte : JazzTimes/Will Smith
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