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quinta-feira, 25 de junho de 2009

RANDY SANDKE – UNCONVENTIONAL WISDOM (ARBORS)


É apropriado reviver um venerável discurso para descrever o trompetista Randy Sandke, que é um músico completo, um verdadeiro impulsionador do jazz. Qualquer dúvida sobre seu completo domínio sobre o instrumento que escolheu será dissipada após a audição do seu extenso solo no samba Chega de Saudade (No More Blues). É o perfeito momento para começar a avaliar a competência de Sandke. Nem é um mero “standard”, nem um exercício metatonal, mais inscreve seu nome na mais avançada técnica de melodia e harmonia.

Embasado em arranjos de grupos pequenos de Dizzy Gillespie, é simplesmente uma fabulosa apresentação de um trompetista. Sandke, neste álbum, cobre sua base e vai além, neste vivo e íntimo quarteto formado pelo guitarrista Howard Alden, pelo baixista Nicki Parrott e pelo baterista John Riley, rejuvenescendo seu costumeiro uso de “big band”. Randke prazeirosamente suinga Cole Porter (“Just One of Those Things”), evoca, sem estar limitado a uma imitação de Louis Armstrong (“New Orleans”), e evidencia sua técnica brilhante na latinizada “Funkalero” de Bill Evans. Há, então, suas três aventurosas peças metatonais, que para ouvidos não apurados soam como extensões exploratórias de George Russell e Lennie Tristano: estimulando e envolvendo como em “Nicki´s Journey” e no uso do flugelhorn em “Litlle Box”.

Complementando a versatilidade, as baladas estão bem delineadas com pequenos e belos vocais de Nicki Parrott, que absorveu muito de Peggy Lee e Lee Willet, demonstrado em “Everytime We Say Goodbye”, “For All We Know”. As letras de “Django´s Dream” e de “New Orleans” são de Sandke Um pequeno duo de flugelhorn e guitarra em “ Toy Land” serve como uma perfeita coda para consumar o programa.

Fonte : JazzTimes / George Kanzler

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