“Folk Art” é o 22º álbum do saxofonista Joe Lovano como líder para o selo Blue Note e, surpreendentemente, é o primeiro totalmente feito com composições originais.”Folk Art” é inusual, não só na escolha do material como dos músicos.O pianista James Weidman é o único veterano. A ascendente baixista Esperanza Spalding e os percussionistas Otis Brown III e Francisco Mela são as caras novas na cena jazzística.
Inspirado pelo vigor de sua jovem banda, o enfoque de Lovano relembra a expansiva liberdade de seus mais experimentais lançamentos pela Blue Note, como “Universal Language (1992)” e “Flights of Fancy: Trio Fascination, Vol. 2 (2001)”. Composto por material novo, Spalding, Brown and Mela não têm medo de se arriscar neste território não familiar, forçando Weidman e Lovano a desafiar seus próprios conceitos de expressão.
Um experiente mestre, com um belo conjunto de tradições jazzísticas, dedicando algumas músicas para companheiros. "Ettenro" é uma saudável meditação livre para o inovador “Harmolodic” cujo espírito plana sobre esta sessão, enquanto o moderno e primal "Dibango" homenageia o famoso saxofonista camaronês Manu Dibango, apresentando Lovano no pungente duplo soprano,o “aulochrome”. "Song For Judi" revela su lado romântico com uma brilhante balada dedicada à sua esposa, a vocalista Judi Silvano.
A despeito de Lovano e Weidman tomarem a parte do leão na sessão, há amplo espaço para a seção rítmica. Spalding, Brown e Mela executam seus trabalhos com segurança e estilo, providenciando traços secos do bop na excitante faixa de abertura "Powerhouse", gracioso diálogo para "Drum Song" ou acentos ternos na tranqüila "Wild Beauty". A opulenta excursão de Weidman empresta ar esplendoroso à sua atuação, enquanto o líder soa cortante nos vôos errantes do tenor na energética lineariedade de "Powerhouse", impressionísticamente torrencial em "Ettenro" e melífluo em “Wild Beauty".
Enquanto o novo grupo de Lovano brilha, suas composições merecem atenção. Geralmente evitando o formato “tema-solo-tema” muitas das melodias são episódicas, unindo fragmentos de divergentes melodias e ritmos variáveis dentro de uma narrativa, preferencialmente a temas recorrentes. A enigmática faixa título é emblemática. Depois da introdução contagiante com atrativas sinuosidades, a banda repentinamente reflue, enfatizando um cintilante diálogo percussivo entre Brown e Mela. Este diálogo caleidoscópico intensifica-se e o quinteto reaparece com um pegada bop junto a acordes brilhantes de Weidman e Lovano. A agitação dos tempos é rapidamente deslocada por uma abstração melodiosa e a abertura do tema retorna para uma breve coda.
Outras faixas seguem estratégias singulares, incorporando duetos de saxophone e percussão ("Us Five"), incorporando diálogos extras da seção rítmica ("Page 4"), controladas improvisações coletivas em busca de um objetivo unificado e harmonioso ("Ettenro"). Balanceando liberdade com convenção, “Folk Art” é um dos mais aventurosos trabalhos de Lovano.
Faixas: Powerhouse; Folk Art; Wild Beauty; Us Five; Song For Judi; Drum Song; Dibango; Page 4; Ettenro.
Músicos: Joe Lovano: saxofone tenor, saxofone alto, taragato, clarinete alto, “aulochrome”, “gongs”; James Weidman: piano; Esperanza Spalding: baixo; Otis Brown III: bateria, “ankle bells”, “ascending opera gong”, “descending opera gong”; Francisco Mela: bateria, pandeiro, “dumbek”, bateria etíope, “ankle bells”.
Inspirado pelo vigor de sua jovem banda, o enfoque de Lovano relembra a expansiva liberdade de seus mais experimentais lançamentos pela Blue Note, como “Universal Language (1992)” e “Flights of Fancy: Trio Fascination, Vol. 2 (2001)”. Composto por material novo, Spalding, Brown and Mela não têm medo de se arriscar neste território não familiar, forçando Weidman e Lovano a desafiar seus próprios conceitos de expressão.
Um experiente mestre, com um belo conjunto de tradições jazzísticas, dedicando algumas músicas para companheiros. "Ettenro" é uma saudável meditação livre para o inovador “Harmolodic” cujo espírito plana sobre esta sessão, enquanto o moderno e primal "Dibango" homenageia o famoso saxofonista camaronês Manu Dibango, apresentando Lovano no pungente duplo soprano,o “aulochrome”. "Song For Judi" revela su lado romântico com uma brilhante balada dedicada à sua esposa, a vocalista Judi Silvano.
A despeito de Lovano e Weidman tomarem a parte do leão na sessão, há amplo espaço para a seção rítmica. Spalding, Brown e Mela executam seus trabalhos com segurança e estilo, providenciando traços secos do bop na excitante faixa de abertura "Powerhouse", gracioso diálogo para "Drum Song" ou acentos ternos na tranqüila "Wild Beauty". A opulenta excursão de Weidman empresta ar esplendoroso à sua atuação, enquanto o líder soa cortante nos vôos errantes do tenor na energética lineariedade de "Powerhouse", impressionísticamente torrencial em "Ettenro" e melífluo em “Wild Beauty".
Enquanto o novo grupo de Lovano brilha, suas composições merecem atenção. Geralmente evitando o formato “tema-solo-tema” muitas das melodias são episódicas, unindo fragmentos de divergentes melodias e ritmos variáveis dentro de uma narrativa, preferencialmente a temas recorrentes. A enigmática faixa título é emblemática. Depois da introdução contagiante com atrativas sinuosidades, a banda repentinamente reflue, enfatizando um cintilante diálogo percussivo entre Brown e Mela. Este diálogo caleidoscópico intensifica-se e o quinteto reaparece com um pegada bop junto a acordes brilhantes de Weidman e Lovano. A agitação dos tempos é rapidamente deslocada por uma abstração melodiosa e a abertura do tema retorna para uma breve coda.
Outras faixas seguem estratégias singulares, incorporando duetos de saxophone e percussão ("Us Five"), incorporando diálogos extras da seção rítmica ("Page 4"), controladas improvisações coletivas em busca de um objetivo unificado e harmonioso ("Ettenro"). Balanceando liberdade com convenção, “Folk Art” é um dos mais aventurosos trabalhos de Lovano.
Faixas: Powerhouse; Folk Art; Wild Beauty; Us Five; Song For Judi; Drum Song; Dibango; Page 4; Ettenro.
Músicos: Joe Lovano: saxofone tenor, saxofone alto, taragato, clarinete alto, “aulochrome”, “gongs”; James Weidman: piano; Esperanza Spalding: baixo; Otis Brown III: bateria, “ankle bells”, “ascending opera gong”, “descending opera gong”; Francisco Mela: bateria, pandeiro, “dumbek”, bateria etíope, “ankle bells”.
Fonte: All About Jazz / Troy Collins
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