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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

LEGADO DE MAYNARD FERGUSON CELEBRADO EM NOVO LIVRO


A palavra impressa tem maior certeza de permanência do que a história oral . As dificuldades das livrarias, ou de qualquer outro tipo, tem criado uma espécie de submercado, onde projetos vistos como risco comercial passam a ser um trabalho de apaixonados. No caso em análise, está a publicação de uma coletânea de entrevistas do interessante líder de orquestra e trompetista Maynard Ferguson(na foto), compilada e escrita por um produtor de jazz de longo tempo, Ralph Jungheim. O livro não tem nenhum atrativo visual, mas as estórias e os testemunhos são consistentes, mesmo se você não for fã de um trompetista pirotécnico.

Entre os companheiros de Maynard, que demonstram sua admiração, estão Bud Shank, Mundell Lowe, Irene Kral, Peter Erskine, Lanny Morgan, Don Menza, Lew Tabackin, Shelly Manne dentre outros. Sim, alguns destes nomes, como o objeto da homenagem, não estão mais conosco. Jungheim explica que gravou as entrevistas em 1978 , quando de uma performance de Maynard e seu grupo em Santa Monica, California. Depois sua esposa trancreveu as inúmeras horas de entrevistas. Jungheim tinha esperança de publicar as entrevistas, mas não obteve interesse dos principais editores. “Assim eu as guardei em uma caixa e, por um longo tempo, as esqueci” declarou Jungheim. “De vez em quando eu as pegava e as relia”. Foi o filho de Jungheim que o levou a fazer alguma coisa com o material arquivado. “Eu lutei contra um câncer pelo período de dois anos e meio, e meu filho sugeriu que eu fizesse um eBook e finalmente a coisa saiu”, Jungheim relembra. Ele, finalmente, conseguiu editar o livro, que pode ser encontrado no site dos fãs de Ferguson e no “Amaxon. Maynard!” Está disponível, também, no “Buster Ann Music” de Jungheim e no “Simon & Schuster”.

Curiosamente, Jungheim resenhava discos para a JazzTimes e em 1997, escreveu sobre uma biografia autorizada de Ferguson escrita por Bill Lee. E você pode ler uma emocionada homenagem ao líder, de um dos seus mais proeminentes alunos, Peter Erskine, que o saudou na edição de Março de 2007 como parte da seção de despedidas.

Eu demonstrei a Jungheim meu desapontamento sobre a ausência no livro da minha estória favorita sobre Maynard , que aparece no seminal “Jazz Anecdotes” de Bill Crow. Ferguson estava excursionando pelo Meio-Oeste e havia contratado aeronaves Cessna para conduzi-lo aos locais de trabalho. Uma vez, uma tempestade estava ocorrendo em volta do pequeno avião. Maynard levantou-se e gritou : “Eu estou indo dormir, mas se vocês avistarem Glenn Miller, por favor despertem-me”. Jungheim riu e disse : “Sim, Maynard era brincalhão, suave e tranquilo”.

Fonte : JazzTimes / Lee Mergner

2 comentários:

benutti disse...

Maynard Ferguson foi o meu grande ídolo na juventude e juntamente com Harry James me fizeram tocar trompete. Viva Ferguson.

Edson Santos disse...

Benutti,

Eu sabia que você gostaria deste artigo.