Marcel Powel, filho do grande violonista e compositor Baden Powell, escolheu como seu instrumento o mesmo do pai. Isto não é uma tarefa fácil. As comparações são inevitáveis. Ele se inspirou no pai, mas trilha com competência seu próprio caminho. Lançou seu quinto álbum, “Corda com Bala”, que tem formato de trio, apresentando os competentes companheiros André Neiva no baixo e Sandro Araújo na bateria. A produção é de Victor Biglione.
A escolha do repertório é eclética e com arranjos de sua autoria. Vai desde composições do pai, passando por Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Morais , chegando a Lamartine Babo. Surpreendente é a canção de Arthur Hamilton, “Cry Me A River”, música que os jazzistas transformaram em “standard”, que é apresentada com uma pegada de bossa nova, com seu violão exuberante a lembrar o quanto a bossa é tributária do samba. O trabalho de Sandro Araújo com as baquetas e os pratos é um show à parte. O que não falta é suingue.
Nas apresentações solo estão “Um Abraço No Trio Elétrico” de Baden Powell, inédita e composta para Armandinho, a demonstrar que o primor não precisa de excesso de decibéis; Lamento Fluminense, de sua autoria e “Chora Violão”, outra música de Baden.
Há uma maravilhosa performance com a junção de dois clássicos de motivação nordestina, que costumo chamar de ciclo pós- Luiz Gonzaga, “Lamento Sertanejo” de Gilberto Gil e Dominguinhos e “Feira de Mangaio” de Sivuca e Glória Gadelha. A banda está perfeita com destaque para o baixo de André Neiva.
Em dois clássicos de João Bosco e Aldir Blanc, “Bala com Bala” e “Incompatibilidade de Gênios”, interpretadas juntas, as constantes variações nos andamentos das músicas são extasiantes. A base rítmica dá um suporte primoroso. Como prêmio, tem espaço para solos individuais. Sacramentam, assim, suas competências.
O disco encerra de forma faceira com “Essa Mulher” de Joyce. Para você que gosta de música instrumental ou deseja conhecê-la melhor, este trabalho é altamente recomendável.
A escolha do repertório é eclética e com arranjos de sua autoria. Vai desde composições do pai, passando por Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Morais , chegando a Lamartine Babo. Surpreendente é a canção de Arthur Hamilton, “Cry Me A River”, música que os jazzistas transformaram em “standard”, que é apresentada com uma pegada de bossa nova, com seu violão exuberante a lembrar o quanto a bossa é tributária do samba. O trabalho de Sandro Araújo com as baquetas e os pratos é um show à parte. O que não falta é suingue.
Nas apresentações solo estão “Um Abraço No Trio Elétrico” de Baden Powell, inédita e composta para Armandinho, a demonstrar que o primor não precisa de excesso de decibéis; Lamento Fluminense, de sua autoria e “Chora Violão”, outra música de Baden.
Há uma maravilhosa performance com a junção de dois clássicos de motivação nordestina, que costumo chamar de ciclo pós- Luiz Gonzaga, “Lamento Sertanejo” de Gilberto Gil e Dominguinhos e “Feira de Mangaio” de Sivuca e Glória Gadelha. A banda está perfeita com destaque para o baixo de André Neiva.
Em dois clássicos de João Bosco e Aldir Blanc, “Bala com Bala” e “Incompatibilidade de Gênios”, interpretadas juntas, as constantes variações nos andamentos das músicas são extasiantes. A base rítmica dá um suporte primoroso. Como prêmio, tem espaço para solos individuais. Sacramentam, assim, suas competências.
O disco encerra de forma faceira com “Essa Mulher” de Joyce. Para você que gosta de música instrumental ou deseja conhecê-la melhor, este trabalho é altamente recomendável.
Faixas : 1 - O Morro Não Tem Vez ; 2 - Cry Me River ; 3 - O Dia Em Que Faremos Contato ; 4 - Serra da Boa Esperança ; 5 - Um Abraço No Trio Elétrico ; 6 - Lamento Fluminense ; 7 - Lamento Sertanejo / Feira de Mangaio ; 8 - Bala Com Bala / Incompatibilidade de Gênios ; 9 - Chora Violão ; 10 - Essa Mulher
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