
Terence Blanchard não pode ser acusado por querer seguir o lançamento de 2007, “A Tale of God’s Will (A Requiem for Katrina)”, com outra estória de cunho moral.
Aquele entristecido vencedor do Grammy, que apresentou uma resposta emocionada para a tragédia de New Orleans com seu quinteto e orquestra foi , talvez, o ponto mais alto de sua carreira de compositor e trompetista. “Choices”, também, tem muito a dizer , obviamente bastante , sobre as escolhas que nós fazemos. É largamente impressiva, devido à grande musicalidade de Blanchard e sua banda, mas não tem a relevância e a força do trabalho que o antecedeu.
Para a gravação, Blanchard colocou seus equipamentos no “Ogden Museum of Southern Art “ de New Orleans e utilizou o pianista Fabian Almazan, o baixista Derrick Hodge, o baterista/percussionista Kendrick Scott, Walter Smith III no saxofone e Lionel Loueke na guitarra. Além disto, Blanchard convidou para atuar o cantor de soul Bilal (3,4,10,11,14) e o professor e ativista Dr. Cornel West (1-3,6,8,10,12,13,15), que apresenta trechos falados ao longo da gravação.
As palavras de West são sempre cuidadosamente escolhidas e bastante provocativas. Sua liberdade filosófica adiciona profundidade às composições em que aparece. Infelizmente , Blanchard permite que West fale desacompanhado em algumas faixas , o que leva muitos ouvintes, que só querem ouvir a música, saltá-las. Ainda bem, que elas só duram um minuto.
Pondo de lado a verborragia, quando Blanchard e seus companheiros atuam, eles fazem a escolha certa. “Hugs (Historically Underrepresented Groups)”, composta por Almazan, mostra o pianista e o trompetista oscilando entre a suavidade e a ferocidade. A peça atinge outro patamar quando a banda completa participa. “Him or Me” de Smith , que possibilita maior visibilidade ao saxofonista, testa a seção rítmica e leva Loueke a apresentar seu solo mais transcendente. “Winding Roads” de Hodge é a mais longa faixa de “Choices”, sendo também a mais panorâmica , sutilmente passando por variadas texturas e ambientes.
Faixas: 1 -Byus; 2-Beethoven; 3-D's Choice; 4 -Journey; 5 -Hacia del Aire; 6 -Jazz Man in the World of Ideas; 7 -Him or Me; 8 -Choices; 9 -Hugs (Historically Underrepresented Groups); 10 -Winding Roads; 11- When Will You Call; 12 -A New Note Angel; 13 -A New World (Created Inside the Walls of Imagination); 14 -Touched by an Angel; 15 -Robin's Choice.
Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin
Aquele entristecido vencedor do Grammy, que apresentou uma resposta emocionada para a tragédia de New Orleans com seu quinteto e orquestra foi , talvez, o ponto mais alto de sua carreira de compositor e trompetista. “Choices”, também, tem muito a dizer , obviamente bastante , sobre as escolhas que nós fazemos. É largamente impressiva, devido à grande musicalidade de Blanchard e sua banda, mas não tem a relevância e a força do trabalho que o antecedeu.
Para a gravação, Blanchard colocou seus equipamentos no “Ogden Museum of Southern Art “ de New Orleans e utilizou o pianista Fabian Almazan, o baixista Derrick Hodge, o baterista/percussionista Kendrick Scott, Walter Smith III no saxofone e Lionel Loueke na guitarra. Além disto, Blanchard convidou para atuar o cantor de soul Bilal (3,4,10,11,14) e o professor e ativista Dr. Cornel West (1-3,6,8,10,12,13,15), que apresenta trechos falados ao longo da gravação.
As palavras de West são sempre cuidadosamente escolhidas e bastante provocativas. Sua liberdade filosófica adiciona profundidade às composições em que aparece. Infelizmente , Blanchard permite que West fale desacompanhado em algumas faixas , o que leva muitos ouvintes, que só querem ouvir a música, saltá-las. Ainda bem, que elas só duram um minuto.
Pondo de lado a verborragia, quando Blanchard e seus companheiros atuam, eles fazem a escolha certa. “Hugs (Historically Underrepresented Groups)”, composta por Almazan, mostra o pianista e o trompetista oscilando entre a suavidade e a ferocidade. A peça atinge outro patamar quando a banda completa participa. “Him or Me” de Smith , que possibilita maior visibilidade ao saxofonista, testa a seção rítmica e leva Loueke a apresentar seu solo mais transcendente. “Winding Roads” de Hodge é a mais longa faixa de “Choices”, sendo também a mais panorâmica , sutilmente passando por variadas texturas e ambientes.
Faixas: 1 -Byus; 2-Beethoven; 3-D's Choice; 4 -Journey; 5 -Hacia del Aire; 6 -Jazz Man in the World of Ideas; 7 -Him or Me; 8 -Choices; 9 -Hugs (Historically Underrepresented Groups); 10 -Winding Roads; 11- When Will You Call; 12 -A New Note Angel; 13 -A New World (Created Inside the Walls of Imagination); 14 -Touched by an Angel; 15 -Robin's Choice.
Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin
Nenhum comentário:
Postar um comentário