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domingo, 22 de novembro de 2009

CHRIS POTTER – ULTRAHANG (ArtistShare [2009])


Com um grupo consistente desde “Underground (Sunnyside, 2006)”, onde , após alternar os guitarristas Wayne Krantz e Adam Rogers, já que o saxofonista sentiu-se confortável com Rogers para “Follow the Red Line: Live at the Village Vanguard (Sunnyside, 2007)”, Chris Potter criou não só sua mais personalizada e identificável música, mas claramente encontrou o grupo certo para executá-la. Potter e Rogers, tendo ao lado os fundamentais Craig Taborn (Fender Rhodes) e Nate Smith (bateria), trabalham em diversos níveis, e “Ultrahang” continua prospectando território similar e demonstrando firme crescimento.

O pendor de Potter para mudanças, a despeito de expressar-se, curiosamente, em viscerais e sensíveis pegadas consolidadas dentro de uma pulsação de uma seção rítmica convencional, permanece intacto na faixa título. Parte para a feérica "Rumples", onde o saxofonista e Rogers apresentam um complicado e bem concebido tema próximo à velocidade da luz. Taborn mantém o controle, não só contribuindo com corajosas linhas de baixo, mas com a disposição para apresentar os acordes nos registros mais baixos do instrumento. Smith é a âncora inamovível do grupo, firmemente ligado a Taborn, enquanto mantém seus ouvidos abertos para os outros companheiros da banda.

A ascendência de Potter como um dos mais importantes saxofonistas da sua geração deve ser resultado do seu trabalho com o trompetista Dave Douglas e com Dave Holland, especialmente a extraordinária química que ele partilha com o parceiro de longa data do baixista, o trombonista Robin Eubanks, mas, principalmente , ao seu próprio esforço.Ele é um dos poucos saxofonistas atuais , que pode apresentar longos solos, evitando repetições e excessos, e melhor adaptado para assumir o legado de Michael Brecker. Como o falecido saxofonista, Potter é versátil, diríamos até camaleônico, capaz de atuar em qualquer contexto e trazendo um intento que pode ser, às vezes poderosamente ameaçador ou sentimentalmente lírico, como ele é , respectivamente, na intensa "Small Wonder" e na terna "It Ain't Me Babe" de Bob Dylan.

A carreira de Taborn tem sido definida pela liberalidade e um conhecimento quase enciclopédico que, como Potter e Rogers, permite sua atuação independente do contexto. Solando com relativa parcimônia no suave arranjo da balada "Ladies of the Canyon" de Joni Mitchell, disponível como faixa bônus, mas não no CD, ele combina tranquilamente o uso do computador na episódicamente detalhada e com toques orientais "Facing East". Rogers demonstra igual versatilidade, apesar de seus próprios álbuns, incluindo “Apparitions (Criss Cross, 2005)” e “Time and the Infinite (Criss Cross, 2007)” , transitar mais através do moderno “mainstream”. Aqui ele demonstra sua completa versatilidade, movendo-se de uma entonação rascante e oblíquas pontuações sob o solo de Potter, na faixa título, para um solo forte na explosiva "Boots" e no lado mais doce em "Ladies of the Canyon".

Com um grupo versátil, um pouco de “Underground” não podia faltar. Ele expressa-se, ainda, com uma voz clara que incorpora os elementos da matemática do M-Base, do funk, da fusion e das referências folclóricas dentro de um enfoque que , baseado na trajetória de “Underground”, “Follow the Red Line” e , agora, “Ultrahang”, tem que continuar.

Faixas: Ultrahang; Facing East; Rumples; It Ain't Me Babe; Time's Arrow; Small Wonder; Boots; Interstellar Signals.

Músicos: Chris Potter (saxofone tenor, clarinete baixo);Adam Rogers(guitarra);Craig Taborn(fender Rhodes); Nate Smith(bateria).

Fonte: All About Jazz / John Kelman

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