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domingo, 1 de novembro de 2009

STEVEN BERNSTEIN – TATTOOS AND MUSHROOMS (Ilk Music [2009])


Uma banda composta por trompete de vara, tuba e bateria é, para dizer de menos, algo inusual no jazz. Como é a escolha de "So Lonesome I Could Cry" de Hank Williams como veículo para improvisação. Em “Tattoos and Mushrooms”, o trompetista Steven Bernstein, o tubista Marcus Rojas e o baterista Kresten Osgood vão bravamente em regiões onde nenhum homem esteve antes. Vamos colocar de outra maneira, isto é como Count Basie chamou "música para acompanhar com os pés". Realmente , alguns sons são profundamente perturbadores neste disco.

Bernstein é melhor conhecido pelo seu trabalho com “Lounge Lizards”, “Sex Mob”, “Spanish Fly” e “Millennial Territory Orchestra”. Ele tem, também, tocado com Aretha Franklin e Linda Ronstadt. Rojas já atuou e gravou com Michael Jackson, Ray Charles, Paul Simon, Stevie Wonder, Donnie Osmond, Dr. John, Harry Connick Jr. e Aretha Franklin. Ele também já compôs mais de sessenta trilhas sonoras , incluindo “The Muppet Christmas Carol (1992)”. Como Bernstein, ele vive fora das convenções musicais. O residente na Dinamarka, Kresten Osgood, fez sua estreia com o álbum memorável “Og Hvad Er Klokken(New Net Music, 2000)”. Ele "pratica e respeita a inteireza da tradição jazzística enquanto demonstra um questionador enfoque para um completo leque que vai desde o blues, jazz, funk, hip-hop e tecno para a livre improvisação".

Os fãs de Hank Williams devem considerar irreverente o tratamento dado às tristes canções do seu herói, buscando reverter a analogia inicial de “Star Trek” com um som marcante com uma preparação agressiva para um ataque como em “Planet Zog”. Entretanto, seguindo isto, Bernstein mantém o tema , tranquilamente reconhecível, acompanhado posteriormente por Rojas, cujo solo retorna para a ação de “Planet Zog”, onde vitoriosos Klingons aparecem seguros para saborear sua comida favorita.

"Prince of Night" do saxofonista Charles Brackeen apresenta Rojas produzindo inusuais sons em diversos registros antes de Bernstein adentrar à cena para introduzir uma aparência de melodia. Então há a atuação irônica de Osgood, talvez icônica em "Hope for Denmark", que às vezes soa como um prelúdio para "So Lonesome I Could Cry".

É interessante especular o que Thelonious Monk diria sobre o tratamento avant-garde deste trio dado na composição "Thelonious". Outra vez , só quando Bernstein tem acesso ao microfone há alguma melodia. Surpreendemente devido à instrumentação.

Então, de volta ao espaço profundo de furiosos ruídos e queixumes como os Klingons deixam Zog, observado o nervosismo das sombras de Hank Williams e, talvez, Monk. No interesse da correta imparcialidade , permanence só para registro o que Jan Strand, escrevendo para uma revista sueca “Orkester Journalen” disse "um dos melhores álbuns do ano, já —em Fevereiro".

Faixas: Prince of Night; Hope for Denmark; Thelonious; Scaramanga; Abington; Eastcoasting; So Lonesome I Could Cry; Khumbu; The Beat-up Blues.


Músicos: Steven Bernstein (trompete e trompete de vara); Marcus Rojas(tuba); Kresten Osgood (bateria).

Fonte : All About Jazz / Chris Mosey

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