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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

RELANÇAMENTO DE PEGGY LEE


Em documento apócrifo e profético, o coronel Tom Parker disse ter proclamado sobre Elvis Presley : “A morte será o maior impulsionador de sua carreira”. Para muitos artistas do jazz, mesmo aqueles que não têm a estatura mítica do rei do rock, têm suas carreiras após sua morte, do mesmo modo, acelerada, de um lado por causa do fenômeno da reedição e, do outro, por causa da decisão dos detentores dos direitos das obras em abrir seus arquivos para atender a demanda por trabalhos de artistas, cujos trabalhos novos consistem inteiramente em antigos.

Eu não tenho particular conhecimento do espólio dos trabalhos de Peggy Lee, mas nos últimos 5 anos temos visto uma boa quantidade de lançamentos da premiada e popular cantora, que faleceu em 2002. Lee, que foi uma grande estrela durante sua carreira, cultivou uma agitada base de fãs, mesmo durante sua aposentadoria. Sua influência nas cantoras modernas é indiscutível e sua aparência de loura platinada passou a ser sua marca, uma imagem icônica cultivada por uma sucessão de astros pop e celebridades. Lee influenciou Monroe, que influenciou Madonna, que influenciou Stefani, que influenciou uma mulher ambiciosa e jovem em algum lugar, que esteja pronta para uma transformação.

Os últimos lançamentos de Peggy Lee inclui um álbum, que apresenta uma rara colaboração com Paul McCartney, e outro que foi recuperado de um lançamento ocorrido em 1968. “Let’s Love” é distinguido pela faixa título, uma canção escrita especificamente para ela por McCartney, que produziu e tocou piano na versão do álbum. O resto do disco tem um sentimento “funky” dos anos 70, com uma banda liderada pelo co-produtor, Dave Grusin. Na maior parte do programa, Lee interpreta canções dos cantores e compositors James Taylor and Melissa Manchester e retrabalha o clásssico “You Make Me Feel Brand New”.

O informe à imprensa que acompanha “Two Shows Nightly” declara que “Talvez o mais famoso álbum de Peggy Lee seja um que poucas pessoas ouviram!”. A razão para este paradoxo é que o álbum original foi produzido a partir de performances em Abril de 1968 na famosa casa noturna de Nova York , “The Copacabana”. Entretanto, após o disco ter sido prensado e remetido para as lojas, Lee retirou-o do mercado por causa da baixa qualidade sonora. As poucas cópias que vieram a público, passaram a ser artigo de colecionador. Esta versão foi resmaterizada, claro, e inclui uma dúzia de faixas extras para um total de 24 constantes do CD duplo.

O disco será oficialmente disponibilizado para venda em 26 de Janeiro. Para maiores informações sobre o lançamento, podem consultar o “web site “ Collectors’ Choice.

Fonte : JazzTimes / Lee Mergner

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