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domingo, 28 de março de 2010

DAVID LIEBMAN GROUP – LIVE AT MCG (MCG Jazz [2009])


Apesar de não possuir a mesma visibilidade de outros antigos grupos com o Dave Holland Quintet ou Oregon, o do saxofonista Dave Liebman não tem evitado contínuas mudanças. Marko Marcinko substituiu o baterista Jamey Haddad poucos anos atrás e a saída de Phil Markowitz transforrmou o grupo em quarteto, apesar do tecladista continuar colaborando com Liebman atualmente e, mais recentemente, em “Saxophone Summit's Seraphic Light (Telarc, 2008)”. O baixista Tony Marino e o guitarrista Vic Juris permanecem, contribuindo para a reputação do grupo de David Liebman como um dos melhores em atividade.

“Making Live at MCG”, uma performance ao vivo ocorrida em 1995 obtida dos arquivos da precursora organização de Pittsburgh — todas, incluindo atuações em estúdio, como “Conversation (Sunnyside, 2003)” e “Blues All Ways (OmniTone, 2007)” são excelentes, mas certamente este grupo é melhor escutado ao vivo. O quinteto de Liebman, com um pé na tradição e o outro no futuro, pode suingar bem, mas não teme adentrar à mais alta octnagem do território fusion. Liebman atuou com Miles Davis durante seu mais extremo período eletrificado no meado dos anos 1970.

Dois originais de Markowitz , duas composições de Liebman e dois standards bem conhecidos providenciam a plenitude de espaço para todos se espalhar.Trazendo seu sax tenor de volta nestes anos recentes , desta vez Liebman está focado na voz do sax soprano que permanece uma das mais originais desde a morte de John Coltrane. Apesar da reputação de Markowitz como pianista, ele utiliza sua alta energia em "Cut" em solo em sintetizador tão atrativo como os usuais suspeitos, e uma aberura em piano solo em "Mine Is Yours" , que referencia Chick Corea, porém com um toque menos percussivo . Juris, como sempre, prova seu carcterístico toque camaleônico que capitaliza todo o vigor de contemporâneos como Pat Metheny, John Scofield, Bill Frisell e John Abercrombie, mas com sua própria rotação. Seu solo em "Cut" é maravilhosamente construído, combinando inclinação blueseira , leves linhas bop e energia para fazê-lo um ponto alto do álbum.

Liebman rearmoniza "Maiden Voyage" de forma ambígua espelhado no solo de Herbie Hancock de 1964 , que foi retrabalhado no disco "All Blues" de Miles Davis em 11/4. O saxofonista é parcialmente pan-cultural em seu original "Beyond the Line" com uma introdução de Hadgini em bateria udu através de Haddad, mas no final das contas desliza para um animado espaço em tempo médio para ele e Juris. A bateria udu retorna em "New Age" e, ao lado da flauta de madeira de Liebman, retorna a um território similar, mas as vozes sofisticadas das mudanças sombrias de Liebman desvirtua as referências de mundo de Marino , que se mostra um criativo baixista acústico, mas um igualmente vital baixista elétrico em todo disco, e mostra um solo limitado, enquanto as tendências expressionistas de Liebman permanecem bem adequadas para a música sem abertura para o excesso, sempre tão rico em estrutura e conteúdo como são suas energias viscerais.

65 minutes depois, “Live at MCG” demonstra que este grupo pode tocar qualquer coisa. Dentro de uma forma fusion talvez, embora falado em termos mais amplos, David Liebman Group combina uma pletora de variados estilos, interesses pan-culturais dentro de uma plenitude singular, transcendente e incendiária.


Faixas: Maiden Voyage; Cut; All Blues; Mine Is Yours; Beyond the Line; New Age.

Músicos: David Liebman: saxofone soprano, flauta de madeira; Phil Markowitz: piano, teclados; Vic Juris: guitarra; Tony Marino: baixos elétrico e acústico; Jamey Haddad: bateria, bateria Hadgini .

Fonte : All About Jazz / John Kelman

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