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segunda-feira, 22 de março de 2010

DONNY McCASLIN – DECLARATION (Sunnyside Records [2009])


Aventurando-se em território inexplorado, o saxofonista tenor baseado em Nova York, Donny McCaslin, apresenta seu terceiro disco pela Sunnyside Records, que é marcado por uma fuga do seu trabalho anterior , uma seção em trio sem recursos adicionais,Recommended Tools (Greenleaf, 2008). Adicionou à sua banda uma seção de metais sem exageros, “Declaration”, apresenta o perfil apurado de McCaslin como improvisador, enquanto demonstra seu vigor como um florescente compositor e arranjador.

Renomado por seu solos olímpicos no saxofone , as fluidas facilidades interpretativas de McCaslin foram buriladas sob a tutela de George Garzone e Billy Pierce na Berklee, e comprovadas como acompanhante de luminares como David Binney, Dave Douglas, Danilo Pérez e Maria Schneider. McCaslin apresenta-se com suas composições em uma sessão panorâmica , que realça seu virtuosismo criativo como solista e compositor em variados cenários.

Acompanhado pelo pianista Edward Simon e um coro de quatro metais, o encorpado quinteto de McCaslin interpreta estas multicoloridas composições com brio. Os veteranos de sessões anteriores de McCaslin pela Sunnyside , In Pursuit (2007) e Soar (2006) , o guitarrista Ben Monder, o baixista Scott Colley, o baterista Antonio Sánchez e o percussionista Pernell Saturnino emprestam uma adequada sensibilidade preenchida com líricas bravatas.

Novo neste antigo grupo, Simon prova ser um valioso incrementador para McCaslin, como é Monder. Restrito e econômico, Simon apresenta solilóquios narrativos encrespados em "M" e "2nd Hour" , oferecendo um contraste sereno para as cadências ardorosas do líder. Amplificando o muscular fraseado de McCaslin com matizes incrementados na apropriadamente chamada "Rock Me" ou desvelando a teia de filigranas na brilhante balada "Jeanina", a versatilidade camaleônica de Monder é insuperável.

Abraçando um riqueza de gêneros e estilos, a abertura , como se fosse um hino, "M" mostra o tenor espiritual do líder, enquanto "Fat Cat" demonstra a habilidade de McCaslin e Simon em navegar em ritmos encharcados de latinidade. A opulenta harmonia de "Jeanina" e a melancólica faixa título são o inverso de "Uppercut" e "2nd Hour"— excursões labirínticas no post-bop carregadas de ângulos obliquos e arranjos engenhosos. Indicativo de seus títulos, "Rock Me" é uma festança eletrificada. "Late Night Gospel", uma das mais atrativas composições de McCaslin, é uma ascendente meditação blueseira com o lirismo prateado de Simon e Monder amparados pelo expressivo acompanhamento da seção de metais..

Considerado um dos mais proeminentes estilistas da geração pós Michael Brecker , “Declaration” é um arrojado novo passo para McCaslin, provando suas habilidades como um compositor e arranjador digno de nota e abrindo novas perspectivas em sua promissora carreira.

Faixas: M; Fat Cat; Declaration; Uppercut; Rock Me; Jeanina; 2nd Hour; Late Night Gospel.

Músicos: Donny McCaslin: saxofone tenor, flauta alto(1, 8); Edward Simon: piano acústico, orgão (5); Ben Monder: guitarra; Scott Colley: baixo; Antonio Sánchez: bateria; Pernell Saturnino: percussão (2); Alex "Sasha" Sipiagin: trompete, flugelhorn (1, 2, 3, 5, 7); Chris Komer: French horn (1, 2, 3, 5); Marshall Gilkes: trombone (1, 2, 3, 5, 7, 8); Marcus Rojas: tuba (3, 5, 7, 8), trombone baixo (1); Tatum Greenblatt: trompete (1).

Fonte : All About Jazz / Troy Collins

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