Uma nova estrela do contrabaixo e também com a mesma idade de Esperanza Spaulding e igualmente dona de notável técnica no manejo do upright bass - brilha cada vez mais no horizonte do jazz: Ela atende pelo exclamativo nome de Linda Oh. Nasceu na Malásia, filha de pais chineses, e foi criada em Perth, na Austrália, onde teve formação musical ocidental, estudando piano e fagote, antes de fixar-se no baixo (elétrico e acústico). Vive em Nova York desde 2004, quando lá chegou para completar o mestrado na Manhattan School of Music, com tese sobre Dave Holland.
No seu primeiro cd como líder, "Entry" (www.lindaohmusic.com) lançado no fim do ano passado, a baixista não fez por menos, em termos de origina1idade e desafio. Selecionou oito composições de sua lavra e um tema do Red Hot Chili Peppers ("Soul to Squeeze") para desenvolvê-los, de maneira bem free, na companhia de dois outros destemidos novos talentos da cena novaiorquina: O trompetista Ambrose Akinmusire e o hiperativo baterista Obed Calvaire. A jovem baixista-compositora atingiu, plenamente, seu objetivo de fazer, com seus pares, "música em mudança continua, sem preocupação com quem está cobrindo essa ou aquela base".
O azul escuro que escolheu para a capa do cd reflete sua coloração temática, o que é evidente já na faixa inicial, "Morning sunset" (6m20seg) - a partir de um vamp que ecoa no ostinato do baixo, desenvolvido pelo trompete de som quebradiço e fraseado fragmentário (a la Don Cherry) de Akinmusire, aquecido pela batida assimétrica de Calvaire, no snare drum (caixa) e nos pratos. "Patterns" (6m38seg), "A year from now" (5m36seg), "Before the music" (3m58seg) e a última faixa, "Soul to squeeze" (3m58seg), são as "partes" mais melódicas as mais "melosas") da "suíte", e criam um relevo especial ao baixo ressonante, robusto, da discípula assumida de Dave Holland e Charlie Haden. "Numero uno" (6m41seg) é a faixa mais longa do disco - a partir de uma abertura tipo fanfarra, de mais de um minuto, do trompete em multi-tracking - e contém animados solos de Calvaire e Oh.
Fonte : Luiz Orlando Carneiro (Jornal do Brasil, 27/02/2010)
No seu primeiro cd como líder, "Entry" (www.lindaohmusic.com) lançado no fim do ano passado, a baixista não fez por menos, em termos de origina1idade e desafio. Selecionou oito composições de sua lavra e um tema do Red Hot Chili Peppers ("Soul to Squeeze") para desenvolvê-los, de maneira bem free, na companhia de dois outros destemidos novos talentos da cena novaiorquina: O trompetista Ambrose Akinmusire e o hiperativo baterista Obed Calvaire. A jovem baixista-compositora atingiu, plenamente, seu objetivo de fazer, com seus pares, "música em mudança continua, sem preocupação com quem está cobrindo essa ou aquela base".
O azul escuro que escolheu para a capa do cd reflete sua coloração temática, o que é evidente já na faixa inicial, "Morning sunset" (6m20seg) - a partir de um vamp que ecoa no ostinato do baixo, desenvolvido pelo trompete de som quebradiço e fraseado fragmentário (a la Don Cherry) de Akinmusire, aquecido pela batida assimétrica de Calvaire, no snare drum (caixa) e nos pratos. "Patterns" (6m38seg), "A year from now" (5m36seg), "Before the music" (3m58seg) e a última faixa, "Soul to squeeze" (3m58seg), são as "partes" mais melódicas as mais "melosas") da "suíte", e criam um relevo especial ao baixo ressonante, robusto, da discípula assumida de Dave Holland e Charlie Haden. "Numero uno" (6m41seg) é a faixa mais longa do disco - a partir de uma abertura tipo fanfarra, de mais de um minuto, do trompete em multi-tracking - e contém animados solos de Calvaire e Oh.
Fonte : Luiz Orlando Carneiro (Jornal do Brasil, 27/02/2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário