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domingo, 18 de abril de 2010

Ijexá em tom lírico

Foto: Fernando Vivas Ag. A TARDE


Por Diogo Damasceno - Revista Muito (Jornal A Tarde)

As coisas têm andado rapidamente para Ana Paula Albuquerque. Passou no concurso para professora de canto no curso de Música Popular da Ufba. Será a primeira mulher a ocupar o posto. Acaba de receber um exemplar da coletânea em CD Tendências da Bossa Nova, lançada por um selo americano e que abriga uma faixa cantada por ela, Iemanjá. “É ijexá, mas está valendo, é brasileiro”, ela diz, com um riso que sugere que, apesar das mudanças em sequência, seu ritmo é o da contemplação.

Ana fala baixo e devagar sobre a infância no sul do Pará (ela nasceu no Maranhão). Não sabia nada de Salvador quando veio para cá, aos 16 anos, estudar para ser cantora, desejo antigo.

Passou por oficinas e graduou-se em canto lírico. A mudança rendeu duas paixões: o samba e a música de candomblé. “A Bahia foi minha salvação musical“, ela diz.

Hoje, Ana divide-se entre shows solo e a escola de música que dirige. Lá, procura estimular mais a musicalidade pessoal do que a técnica. “No canto popular, aquela é mais importante”. Com alunos, bolou uma trilogia de shows com obras de Batatinha, Ederaldo Gentil e Riachão. Mas ídolo mesmo é Gilberto Gil: “É o mais completo”. Em sua família, Ana foi filha única da música. Começou a cantar aos 3 anos, ninguém precisou ensinar.
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Ana Paula Albuquerque apresenta o show Assim como ela é nos dias 23 e 30 de abril, às 22h no Tom do Sabor (Rio Vermelho). O ingresso custa R$ 20

Ouça o som da cantora

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