A Jazz at Lincoln Center Orchestra (JLCO) é frequentemente ridicularizada como um bastião do conservadorismo, entretanto não está claro o que é ser conservador com o épico “Congo Square (Blue Note, 2007” do trompetista Wynton Marsalis, com o uso de percussão oriunda de Gana e um coro cantando em dialetos Ga e Fante . A propósito, a JLCO acomoda músicos que ultrapassam as fronteiras como Ted Nash, que participa da orquestra tocando diversos instrumento de palheta, enquanto mantém trabalhos inusuais com o baixista Ben Allison e o pianista Frank Kimbrough, para não mencionar seus próprios grupos como Odeon e Still Evolved.
“Portrait in Seven Shades” é a sua participação como compositor residente da JLCO e o foco, aqui, é reconhecidamente europeu (um forte contraste com o africano “Congo Square” via New Orleans). Cada um dos sete movimentos inspira-se não só em um particular pintor, mas, também, na especificidade da obra do artista, conforme exposto no livreto do CD. A orquestração aponta para Duke Ellington e Gil Evans, não exatamente na mesma medida, embora com uma forte batida do vocabulário do blues tocada de forma clara, notavelmente no suingante trio de piano com Dan Nimmer em “Matisse". Talvez a mais extraordinária seja "Dali" com variações em 13/8 e impregnada de altos registros dos metais , que aporta espaços para os solos do trompetista Marcus Printup, do baterista Ali Jackson e de Nash no saxofone alto.
O líder e estrela da JLCO, o trompetista Wynton Marsalis segue o trombonista Vincent Gardner com uma feérica apresentação na multifacetada, com ispiração cubista, “Picasso" . Gardner retorna na balada romântica "Van Gogh", com um esquema vocal a la Johnny Hartman, algo novo na forma de compor de Nash, outra vez contrabalançada pela atuação de Marsalis. Postriormente , um agitado suingue e com movimentos nervosas em notas oitavadas fecha a sessão com "Pollock". Só "Chagall" com o acordeonista Bill Schimmel, o violinista Nathalie Bonin e o tubista Wycliffe Gordon articulam os temas judeus e europeus , parecendo um pequeno e óbvio esforço para conectar as sonoridades. Os outros movimentos são deixados mais para a imaginação. Os ouvintes são livres para ler as lúcidas explanações de Nash nas notas ou simplesmente deixar a música conectar os pontos.
Faixas: Monet; Dali; Matisse; Picasso; Van Gogh; Chagall; Pollock.
Músicos: Jazz at Lincoln Center Orchestra
Fonte: All About Jazz / David Adler
“Portrait in Seven Shades” é a sua participação como compositor residente da JLCO e o foco, aqui, é reconhecidamente europeu (um forte contraste com o africano “Congo Square” via New Orleans). Cada um dos sete movimentos inspira-se não só em um particular pintor, mas, também, na especificidade da obra do artista, conforme exposto no livreto do CD. A orquestração aponta para Duke Ellington e Gil Evans, não exatamente na mesma medida, embora com uma forte batida do vocabulário do blues tocada de forma clara, notavelmente no suingante trio de piano com Dan Nimmer em “Matisse". Talvez a mais extraordinária seja "Dali" com variações em 13/8 e impregnada de altos registros dos metais , que aporta espaços para os solos do trompetista Marcus Printup, do baterista Ali Jackson e de Nash no saxofone alto.
O líder e estrela da JLCO, o trompetista Wynton Marsalis segue o trombonista Vincent Gardner com uma feérica apresentação na multifacetada, com ispiração cubista, “Picasso" . Gardner retorna na balada romântica "Van Gogh", com um esquema vocal a la Johnny Hartman, algo novo na forma de compor de Nash, outra vez contrabalançada pela atuação de Marsalis. Postriormente , um agitado suingue e com movimentos nervosas em notas oitavadas fecha a sessão com "Pollock". Só "Chagall" com o acordeonista Bill Schimmel, o violinista Nathalie Bonin e o tubista Wycliffe Gordon articulam os temas judeus e europeus , parecendo um pequeno e óbvio esforço para conectar as sonoridades. Os outros movimentos são deixados mais para a imaginação. Os ouvintes são livres para ler as lúcidas explanações de Nash nas notas ou simplesmente deixar a música conectar os pontos.
Faixas: Monet; Dali; Matisse; Picasso; Van Gogh; Chagall; Pollock.
Músicos: Jazz at Lincoln Center Orchestra
Fonte: All About Jazz / David Adler
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