Por 30 intercalados anos, o fenomenal pianista Keith Jarrett tem ofertado sua musicalidade e a explorado em apresentações limitadas por opção própria, a maioria com o seu frequente trio “Standards” composto por Jack DeJohnette e Gary Peacock ou, ultimamente, com suas grandes exibições solo. Só isto faz da rara e bela gravação do novo dueto de Jarrett com o baixista Charlie Haden um afastamento, enquanto, simultaneamente, se reaproxima com o passado.
Haden, claro, foi a base do famoso quarteto “Americano” de Jarrett nos anos 1970, e o fácil acesso a empatia entre esta dupla longamente separada é quase inquietante: é como se eles nunca tivessem se afastado, e, além disto, ganharam alguma espécie de profundidade conversacional na ausência. Considere-a uma empreitada associada à “At the Deer Head Inn” de Jarrett de 1994, quando o pianista dividiu uma rara gravação com seu antigo baterista Paul Motian.
“Jasmine” teve sua origem em um acaso, quando Haden pediu a Jarrett para falar sobre ele em um documentário seu. Quando sentaram para tocar no estúdio de propriedade de Jarrett, pela primeira vez em mais de 30 anos, a magia aconteceu (aqueles poucos minutos, de fato, são o ponto alto do filme de Haden, para este espectador). Eles retornaram para seguir as pegadas de várias canções com a presença de uma seca intimidade acústica no estúdio “Cavelight” de Jarrett, onde ele só ocasionalmente gravou para lançamentos públicos.
Para este trabalho, Jarrett livra-se de ocasionais vôos de extravagante virtuosismo, e a dupla volta-se para algum suingante tempo médio em “No Moon at All” e “Body and Soul”. Porém, na maior parte do trabalho, Jarrett busca desenvolver um método melodioso e o espírito geral é reflexivo e baladesco, estruturado por “For All We Know” e pela extensa e suspirante “Don’t Ever Leave Me”. A faixa mais longa tem 12 minutos, “I’m Gonna Laugh You Right Out of My Life”, com uma abertura em um improvisado prelúdio por parte de Jarrett.
Naturalmente, ouvidos treinados para ouvir Peacock acompanhando Jarrett buscarão comparar/contrastar o jeito de tocar. Enquanto Peacock é mais ágil, com um raio de ação mais livre, Haden é melhor conhecido como um minimalista que—especialmente em baladas— fecha-se em uma modelagem, utilizando com bom gosto o espaço envolvendo a melhor parte, a nota substancial. Jarrett parece responder no mesmo gênero, sintonizando o toque de Haden em suas próprias fluidas e líricas linhas. O resultado por seu turno é um cativante e reflexivo encontro musical de dois grandes jazzistas, que estão, excelentemente, juntos outra vez.
Faixas: For All We Know; Where Can I Go Without You; No Moon At All; One Day I'll Fly Away; Intro>I'm Gonna Laugh You Right Out Of My Life; Body and Soul; Goodbye; Don't Ever Leave Me.
Músicos: Keith Jarrett: piano; Charlie Haden: baixo.
Fonte: JazzTimes / Josef Woodard
Haden, claro, foi a base do famoso quarteto “Americano” de Jarrett nos anos 1970, e o fácil acesso a empatia entre esta dupla longamente separada é quase inquietante: é como se eles nunca tivessem se afastado, e, além disto, ganharam alguma espécie de profundidade conversacional na ausência. Considere-a uma empreitada associada à “At the Deer Head Inn” de Jarrett de 1994, quando o pianista dividiu uma rara gravação com seu antigo baterista Paul Motian.
“Jasmine” teve sua origem em um acaso, quando Haden pediu a Jarrett para falar sobre ele em um documentário seu. Quando sentaram para tocar no estúdio de propriedade de Jarrett, pela primeira vez em mais de 30 anos, a magia aconteceu (aqueles poucos minutos, de fato, são o ponto alto do filme de Haden, para este espectador). Eles retornaram para seguir as pegadas de várias canções com a presença de uma seca intimidade acústica no estúdio “Cavelight” de Jarrett, onde ele só ocasionalmente gravou para lançamentos públicos.
Para este trabalho, Jarrett livra-se de ocasionais vôos de extravagante virtuosismo, e a dupla volta-se para algum suingante tempo médio em “No Moon at All” e “Body and Soul”. Porém, na maior parte do trabalho, Jarrett busca desenvolver um método melodioso e o espírito geral é reflexivo e baladesco, estruturado por “For All We Know” e pela extensa e suspirante “Don’t Ever Leave Me”. A faixa mais longa tem 12 minutos, “I’m Gonna Laugh You Right Out of My Life”, com uma abertura em um improvisado prelúdio por parte de Jarrett.
Naturalmente, ouvidos treinados para ouvir Peacock acompanhando Jarrett buscarão comparar/contrastar o jeito de tocar. Enquanto Peacock é mais ágil, com um raio de ação mais livre, Haden é melhor conhecido como um minimalista que—especialmente em baladas— fecha-se em uma modelagem, utilizando com bom gosto o espaço envolvendo a melhor parte, a nota substancial. Jarrett parece responder no mesmo gênero, sintonizando o toque de Haden em suas próprias fluidas e líricas linhas. O resultado por seu turno é um cativante e reflexivo encontro musical de dois grandes jazzistas, que estão, excelentemente, juntos outra vez.
Faixas: For All We Know; Where Can I Go Without You; No Moon At All; One Day I'll Fly Away; Intro>I'm Gonna Laugh You Right Out Of My Life; Body and Soul; Goodbye; Don't Ever Leave Me.
Músicos: Keith Jarrett: piano; Charlie Haden: baixo.
Fonte: JazzTimes / Josef Woodard
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