Frequentemente, gravações de tributos não são nada mais que uma maneira de impressionar grandes audiências explorando as inovações e a personalidade de gigantes musicais. Quando feito com sinceridade, entretanto, um tributo captura a essência do homenageado enquanto evita a mera cópia e péssimo intento comercial . Tal é o caso de “Last Train to Hauteville”, um excitante lançamento do virtuoso guitarrista escocês Martin Taylor e sua banda “Spirit of Django”. A aclamada banda foi formada por Taylor em 1994 a partir da tradição do famoso guitarrista cigano Django Reinhardt. Depois de um hiato de anos, “Spirit of Django” retorna para marcar a celebração do 100º aniversário de Reinhardt, um dos fundadores do jazz europeu.
Taylor, que ganhou proeminência na década de 1970 acompanhando o violinista e associado a Reinhardt ,Stephane Grappelli, evoca a completa energia e o fraseado suingante, pleno de movimentos diatônicos e “entortação” das cordas, entretanto com uma pegada contemporânea. Por exemplo, seu solo em um tempo acelerado na faixa título mistura uma verdadeira influência de Reinhardt com o estilo bebop de Tal Farlow e as oitavas de Wes Montgomery. O disco visita o território brasileiro do samba e da bossa nova em "Rue de Dinan", "Mirette" e "La Belle Dundee", que permite ao guitarrista adentrar em uma pegada relaxada, sem o peso de concepções nostálgicas. Nestas faixas, especialmente a de encerramento, "La Belle Dundee", Taylor produz cascatas de simples notas à la Joe Pass ou George Benson, os tipos de linhas que faz outro guitarrista dobrar o movimento.
O acordeonista Jack Emblow e o clarinetista Alan Barnes dividem a linha de frente com Taylor e mantêm a paz com a extrema determinação do líder e sua técnica incomparável. Emblow flutua elegantemente de forma pianística na “valsa jazzística”, "Le Jardin Anglais", e cria interessante improviso em uma agitada "Double Scotch". Barnes utiliza agilidade feérica e entonação sombria no tom do clarinete, suingando amorosamente, especialmente no sapateado "Madame Haricot" e em "Monsieur Jacques".
O guitarrista ritmista John Goldie, o baixista Terry Gregory, o baterista James Taylor e, em um par de faixas, a vocalista Alison Burns completa este firme e bem ensaiado grupo. Talvez menos um tributo e mais um envolvimento do energético gênio de Reinhardt, “Spirit of Django” empresta nova luz a uma rica linhagem musical.
Faixas: Last Train to Hauteville; Rue de Dinan; Le Jardin Anglais; Double Scotch; La Mer; Madame Haricot; Roberta; Mirette; La Javanaise; Le Touch; J'Attendrai; Monsieur Jacques; La Belle Dundee.
Músicos: Martin Taylor: guitarra; John Goldie: guitarra; Terry Gregory: baixo; James Taylor: bateria; Jack Emblow: acordeón; Alan Barnes: clarinete, saxofone; Alison Burns: vocal.
Fonte :All About Jazz /John Barron
Taylor, que ganhou proeminência na década de 1970 acompanhando o violinista e associado a Reinhardt ,Stephane Grappelli, evoca a completa energia e o fraseado suingante, pleno de movimentos diatônicos e “entortação” das cordas, entretanto com uma pegada contemporânea. Por exemplo, seu solo em um tempo acelerado na faixa título mistura uma verdadeira influência de Reinhardt com o estilo bebop de Tal Farlow e as oitavas de Wes Montgomery. O disco visita o território brasileiro do samba e da bossa nova em "Rue de Dinan", "Mirette" e "La Belle Dundee", que permite ao guitarrista adentrar em uma pegada relaxada, sem o peso de concepções nostálgicas. Nestas faixas, especialmente a de encerramento, "La Belle Dundee", Taylor produz cascatas de simples notas à la Joe Pass ou George Benson, os tipos de linhas que faz outro guitarrista dobrar o movimento.
O acordeonista Jack Emblow e o clarinetista Alan Barnes dividem a linha de frente com Taylor e mantêm a paz com a extrema determinação do líder e sua técnica incomparável. Emblow flutua elegantemente de forma pianística na “valsa jazzística”, "Le Jardin Anglais", e cria interessante improviso em uma agitada "Double Scotch". Barnes utiliza agilidade feérica e entonação sombria no tom do clarinete, suingando amorosamente, especialmente no sapateado "Madame Haricot" e em "Monsieur Jacques".
O guitarrista ritmista John Goldie, o baixista Terry Gregory, o baterista James Taylor e, em um par de faixas, a vocalista Alison Burns completa este firme e bem ensaiado grupo. Talvez menos um tributo e mais um envolvimento do energético gênio de Reinhardt, “Spirit of Django” empresta nova luz a uma rica linhagem musical.
Faixas: Last Train to Hauteville; Rue de Dinan; Le Jardin Anglais; Double Scotch; La Mer; Madame Haricot; Roberta; Mirette; La Javanaise; Le Touch; J'Attendrai; Monsieur Jacques; La Belle Dundee.
Músicos: Martin Taylor: guitarra; John Goldie: guitarra; Terry Gregory: baixo; James Taylor: bateria; Jack Emblow: acordeón; Alan Barnes: clarinete, saxofone; Alison Burns: vocal.
Fonte :All About Jazz /John Barron
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