Qual a surpresa ao ouvir esta primeira gravação que reúne os mestres do piano Hank Jones e Oliver Jones? .
Um nativo de Detroit, o nonagenário Hank Jones (*) vem de uma família que nos deu Thad "Bartok with Wings" Jones e o poliritmista Elvin Jones, e participou das sessões históricas do bebop com Charlie Parker e de duos memoráveis com Tommy Flanagan. O originário de Montreal, Oliver Jones, que outrora seguiu os passos de Oscar Peterson, moldou um caminho de virtuosismo como um ícone da música canadense distinto do seu predecessor.
Suas performances são mais brilhantes que a rara natureza desta gravação. Ambos têm o virtuosismo que torna mesmo um inócuo repertório em algo especial, e felizmente, não temos isto aqui. “Pleased to Meet You” nos dá algo mais.
Significantemente o selo escolheu não identificar a ordem dos solos nas peças em conjunto. No entanto não é difícil reconhecê-los separadamente. Hank Jones tem o toque de um alquimista : as notas nunca são ébano e marfim, uma vez que ele as toca levemente. Elas obtêm um polimento de um som dinâmico, pleno de colorido tonal e elegância de timbre. Ele emprega uma pegada flamejante para geniais pianistas stride do passado, tal como Willie "The Lion" Smith, percorrendo as quintas do bemol de vez em quando (on "Ripples" por instante). Em "Monk's Mood" e "Lonely Woman" onde eles atuam sozinhos, a história da música norte-americana flui, e rodopia ao redor dele. Ele tem movimentos rápidos, solando com fervor como se fosse uma dupla hélice. Às vezes ele os coloca entre aspas, pausando antes de citar as melodias às avessas.
Hank é generoso com Oliver, permitindo ao mais jovem espaço para sua exuberância em floreios, como círculos concêntricos quase bizantinos. Uma vez mais é quase impossível apartar Oliver Jones e Oscar Peterson, mas o pianista mais jovem tem seu estilo. Ele, ocasionalmente, demonstra que tem ouvido Peterson, bem como Ravel e Debussy. Mas ele cita só seu vasto repertório de inteligência e melodiosas frases e metafóras. Ele constrói seus solos como uma torre de maravilhosa arquitetura com graça e legato esplendoroso. Ele é terno na forma como louva seu querido amigo em "I Remember OP."
Estes dois gigantes estão acompanhados no baixo e na bateria por jovens que pretendem ocupar seus respectivos tronos: Brandi Disterheft é uma princesa do baixo. Ela toca com grande sensibilidade e seus solos têm majestosa segurança em todas as faixas. Jim Doxas, o baterista de Oliver Jones, mostra-se como um sublime melodista, quando primorosamente utiliza as escovinhas nos metais e couros da bateria em "What Am I Here For" .
Este é verdadeiramente um disco raro, um tocante documento da música moderna que relembra a grandiosidade do passado e a promessa do amanhã.
Faixas :1. What Am I Here For? ;2. Groove Merchant; 3. Ripples
4. Makin Whoopee; 5. I ll Remember April; 6. Star Eyes; 7. Blues for Big Scotia;
8. Cake Walk ; 9. Monk s Mood; 10. I Remember OP; 11. Lonely Woman
Fonte : All About Jazz / Raul d'Gama Rose
(*) Hank Jones faleceu em 16 de Maio do corrente ano, e publicamos esta resenha como uma homenagem tardia a um músico que fez do toque elegante o seu legado.
Um nativo de Detroit, o nonagenário Hank Jones (*) vem de uma família que nos deu Thad "Bartok with Wings" Jones e o poliritmista Elvin Jones, e participou das sessões históricas do bebop com Charlie Parker e de duos memoráveis com Tommy Flanagan. O originário de Montreal, Oliver Jones, que outrora seguiu os passos de Oscar Peterson, moldou um caminho de virtuosismo como um ícone da música canadense distinto do seu predecessor.
Suas performances são mais brilhantes que a rara natureza desta gravação. Ambos têm o virtuosismo que torna mesmo um inócuo repertório em algo especial, e felizmente, não temos isto aqui. “Pleased to Meet You” nos dá algo mais.
Significantemente o selo escolheu não identificar a ordem dos solos nas peças em conjunto. No entanto não é difícil reconhecê-los separadamente. Hank Jones tem o toque de um alquimista : as notas nunca são ébano e marfim, uma vez que ele as toca levemente. Elas obtêm um polimento de um som dinâmico, pleno de colorido tonal e elegância de timbre. Ele emprega uma pegada flamejante para geniais pianistas stride do passado, tal como Willie "The Lion" Smith, percorrendo as quintas do bemol de vez em quando (on "Ripples" por instante). Em "Monk's Mood" e "Lonely Woman" onde eles atuam sozinhos, a história da música norte-americana flui, e rodopia ao redor dele. Ele tem movimentos rápidos, solando com fervor como se fosse uma dupla hélice. Às vezes ele os coloca entre aspas, pausando antes de citar as melodias às avessas.
Hank é generoso com Oliver, permitindo ao mais jovem espaço para sua exuberância em floreios, como círculos concêntricos quase bizantinos. Uma vez mais é quase impossível apartar Oliver Jones e Oscar Peterson, mas o pianista mais jovem tem seu estilo. Ele, ocasionalmente, demonstra que tem ouvido Peterson, bem como Ravel e Debussy. Mas ele cita só seu vasto repertório de inteligência e melodiosas frases e metafóras. Ele constrói seus solos como uma torre de maravilhosa arquitetura com graça e legato esplendoroso. Ele é terno na forma como louva seu querido amigo em "I Remember OP."
Estes dois gigantes estão acompanhados no baixo e na bateria por jovens que pretendem ocupar seus respectivos tronos: Brandi Disterheft é uma princesa do baixo. Ela toca com grande sensibilidade e seus solos têm majestosa segurança em todas as faixas. Jim Doxas, o baterista de Oliver Jones, mostra-se como um sublime melodista, quando primorosamente utiliza as escovinhas nos metais e couros da bateria em "What Am I Here For" .
Este é verdadeiramente um disco raro, um tocante documento da música moderna que relembra a grandiosidade do passado e a promessa do amanhã.
Faixas :1. What Am I Here For? ;2. Groove Merchant; 3. Ripples
4. Makin Whoopee; 5. I ll Remember April; 6. Star Eyes; 7. Blues for Big Scotia;
8. Cake Walk ; 9. Monk s Mood; 10. I Remember OP; 11. Lonely Woman
Fonte : All About Jazz / Raul d'Gama Rose
(*) Hank Jones faleceu em 16 de Maio do corrente ano, e publicamos esta resenha como uma homenagem tardia a um músico que fez do toque elegante o seu legado.
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