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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

McCOY TYNER NA MIMO


O pianista McCoy Tyner, na foto, participará no próximo dia 05 de Setembro da Mostra Internacional de Música em Olinda, a Mimo, que ocorrerá em Olinda, Recife e João Pessoa entre os dias 1° e 17 de Setembro. Ele se apresentará com Gary Bartz (saxofone), Gerald Cannon (contrabaixo) e Eric Kamau-Gravatt (bateria). O festival, que é anual e gratuito (http://www.mimo.art.br/), receberá nomes como Mike Stern e Egberto Gismonti.
Segue entrevista concedida pelo pianista norte-americano de 72 anos, músico de John Coltrane e autor de 80 álbuns de jazz, concedida à repórter Rosane Pavam da Carta Capital.

CC – Os fãs de jazz não são muitos hoje. O que o senhor pensa de representar um gênero cujo fim é sempre anunciado?
McCoy Tyner – Anunciado, mas cá estamos..... Enquanto houver garotos maduros como o trompetista Christian Scott e o baterista Francisco Mela, o jazz não morrerá.

CC – É melhor tocar ou compor?
McCoy Tyner – Uma das maravilhas do jazz é basear-se em improvisação, criar e compor no momento da execução. Mesmo quando só toco algo escrito há anos, crio e improviso. Compor e tocar são essenciais dentro de jazz.

CC – Quão difícil é enfrentar um mundo em que não há mais John Coltrane?.
McCoy Tyner – Ele era um irmão mais velho e realmente nos colocou sob suas asas. Todos sentiram sua falta, não só eu. Ele é um dos maiores músicos de todos os tempos e todos ainda o ouvem.

CC- As novas tecnologias auxiliam seu trabalho atual?.
McCoy Tyner – Tenho um computador, mas não o uso muito. Falo ao telefone e escrevo à mão. Desconfio que estou ficando velho!. Mas espero mergulhar nessas tecnologias de algum modo, brevemente.

CC – Dá algum conselho ao jovem jazzista?
McCoy Tyner – Procurar dentro de si o próprio som.

CC – A música brasileira o inspira?
McCoy Tyner – Sim, inspirou. Toquei muita música composta por brasileiros como Jobim. Mal posso esperar tocar aí.

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