É duro imaginar que estes dois titãs do saxofone, Dave Liebman e Evan Parker, nunca tenham se encontrado no palco antes desse concerto ocorrido em 2008 no The Vortex em Londres. Ambos são inovadores com suas dessemelhanças, e eles reúnem forças para fazer deste encontro algo muito especial.
Nos anos 70, Liebman foi escolhido por Miles Davis para ajudar a conduzir o som do trompetista na gravação de “On The Corner (Columbia, 1972)”, “Dark Magus (Columbia, 1974)” e “Get Up With It (Columbia, 1974)”. Ao mesmo tempo, Parker estava fomentando a música avant-garde da Europa com Peter Brotzmann e Chris McGregor. Passados mais de trinta anos, os músicos estabeleceram sólidas carreiras e dedicados seguidores.
Colocando os dois saxofonistas juntos no palco pode-se pensar que se tenta um contexto fora de moda ou talvez a última tentativa de manter a reputação, entretanto não é este o caso. A energia destes dois deve ser drenada, mas é uma boa espécie de cansaço.
O crédito vai para Tony Bianco, o baterista novaiorquino que fez a carreira tocando free jazz na Europa. Seu pulso incessante sustenta o trabalho, tocando com tal ferocidade que nenhum saxofonista tem a oportunidade ou possibilidade de obscurecer o outro. Deve ser dito que ele rouba o show.
Esta gravação é dividida em dois grupos e quatro partes. As três partes iniciais são incendiárias, com Liebman e Parker medindo força nos saxofones tenor, soprano e na combinação dos dois. Nenhum pisa no território do outro, em vez disto optam por circundar cada um, encorajando um aparentemente constante incremento da animação. Espalhada entre os canais direito e esquerdo, a beleza de cada som dos instrumentistas é revelada. A quarta parte atua como se houvesse uma reentrada da platéia com Liebman passando para a flauta e Parker mantendo sua marca no som do soprano. Com Bianco nas baquetas, a tranqüila interação do trio possibilita que todos readquiram o real senso do mundo.
Faixas: Relevance (1st Set) Part 1; Relevance (1st Set) Part 2; Relevance (2nd Set) Part 3; Relevance (2nd Set) Part 4.
Músicos: Dave Liebman; saxofones soprano e tenor; flauta de bambú indiana; Evan Parker: saxofones soprano e tenor; Tony Bianco: bateria.
Fonte : All About Jazz / Mark Corroto
Nos anos 70, Liebman foi escolhido por Miles Davis para ajudar a conduzir o som do trompetista na gravação de “On The Corner (Columbia, 1972)”, “Dark Magus (Columbia, 1974)” e “Get Up With It (Columbia, 1974)”. Ao mesmo tempo, Parker estava fomentando a música avant-garde da Europa com Peter Brotzmann e Chris McGregor. Passados mais de trinta anos, os músicos estabeleceram sólidas carreiras e dedicados seguidores.
Colocando os dois saxofonistas juntos no palco pode-se pensar que se tenta um contexto fora de moda ou talvez a última tentativa de manter a reputação, entretanto não é este o caso. A energia destes dois deve ser drenada, mas é uma boa espécie de cansaço.
O crédito vai para Tony Bianco, o baterista novaiorquino que fez a carreira tocando free jazz na Europa. Seu pulso incessante sustenta o trabalho, tocando com tal ferocidade que nenhum saxofonista tem a oportunidade ou possibilidade de obscurecer o outro. Deve ser dito que ele rouba o show.
Esta gravação é dividida em dois grupos e quatro partes. As três partes iniciais são incendiárias, com Liebman e Parker medindo força nos saxofones tenor, soprano e na combinação dos dois. Nenhum pisa no território do outro, em vez disto optam por circundar cada um, encorajando um aparentemente constante incremento da animação. Espalhada entre os canais direito e esquerdo, a beleza de cada som dos instrumentistas é revelada. A quarta parte atua como se houvesse uma reentrada da platéia com Liebman passando para a flauta e Parker mantendo sua marca no som do soprano. Com Bianco nas baquetas, a tranqüila interação do trio possibilita que todos readquiram o real senso do mundo.
Faixas: Relevance (1st Set) Part 1; Relevance (1st Set) Part 2; Relevance (2nd Set) Part 3; Relevance (2nd Set) Part 4.
Músicos: Dave Liebman; saxofones soprano e tenor; flauta de bambú indiana; Evan Parker: saxofones soprano e tenor; Tony Bianco: bateria.
Fonte : All About Jazz / Mark Corroto
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