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domingo, 7 de novembro de 2010

ERIC ALEXANDER QUARTET: CHIM CHIM CHEREE


“Chim Chim Cheree” foi denominado como um " tributo a John Coltrane". Retornando com os seus costumeiros acompanhantes Harold Mabern ao piano, Joe Farnsworth na bateria, e o baixista John Webber, este álbum representa um completo exame da música de Coltrane a partir das suas composições e canções que foram ostensivamente apropriadas por ele ao longo da sua carreira. Enquanto George Coleman, Dexter Gordon e Sonny Stitt são frequentemente mais citados como as principais influências de Alexander, Coltrane está claramente entre elas.

A tomada de Alexander em "You Don't Know What Love Is" apresenta sua brilhante entonação nos registros baixos , na forma como cadencia o seu enfoque através da abertura da música com graça e sofisticação. Aparentemente um pouco enfadonho para uma abertura, Alexander desperta alguma vida com suas excelentes linhas dentro do blues e do bop, com grande variedade para manter os ouvintes engajados.

Mabern assume o controle em "Dear Lord", apresentando uma pegada como se fosse um samba , enquanto oferece alterações harmônicas sutis e saborosas, em uma oferta melódica. Muito mais da inclinação de Alexander do que de Coltrane, e contém uma sublime e vívida energia.

"On a Misty Night" de Tadd Dameron é uma pérola da era do bop que, infeliz e raramente, é executada ou gravada. A pegada de Mabern é um pouco datada, suingando mais como Brubeck que Dameron, porém, ainda assim, apresenta algumas boas passagens. Desafortunadamente , Alexander não engrenou e soou confortável interagindo com Farnsworth. O tempo dobrado faz uma ponte com a gravação original de “Mating Call (Prestige, 1956)”, que é modernizada aqui.

"Chim Chim Cheree" e "Pursuance" são os evidentes pontos altos, ecoando o som do clássico quarteto de Coltrane. Estas duas faixas contêm a crueza não ouvida em outras do álbum. Emoção e criatividade estão na linha de frente, onde Alexander transpôs suas próprias fronteiras e segue adiante da simples interpretação à alternativas que exploram algo mais profundo. A comunicação do grupo é intensa, soando como se todos estivessem sintonizados com a representação do clássico quarteto de Coltrane.

Adicionando alguma variação, "Afro Blue" serve bem para a improvisação de Alexander, permitindo oportunidades sequenciais sem fim sobre uma fundação harmônica estática. Teria sido melhor se fosse explorada por Farnsworth e Webber.

"The Night Has a Thousand Eyes" é uma usina para Alexander e Farnsworth, um músico que sabe realmente como realçar todos as maravilhosas cores da bateria. Com precisão e incessante compromisso com o suíngue, Farnsworth realmente brilha.

Com "Wise One" o quarteto captura uma mística particular e o som ardente que Coltrane apresentou em seus melhores trabalhos. Alexander parece antenado com o timbre mais próximo de Coltrane, trazendo o disco a um ponto satisfatório de conclusão.

Como Alexander tem maturidade, soa mais do que se estivesse oferecendo um pacote de ótimas músicas tipicamente na linha do post-bop. Sem questionar que está indo tão longe quanto pode ir, este álbum deve ser o primeiro capítulo do que se deve esperar de algum novo e talentoso músico.

Faixas: You Don't Know What Love Is; Dear Lord; On a Misty Night; Chim Chim Cheree; Pursuance; Afro Blue; The Night has a Thousand Eyes; Wise One.

Músicos: Eric Alexander: saxofone tenor; Harold Mabern: piano; John Webber: baixo; Joe Farnsworth: bateria

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