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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

BRAD MEHLDAU – HIGHWAY RIDER (Nonesuch Records [2010])



Como um adolescente classicamente treinado, Brad Mehldau foi apresentado à música de Keith Jarrett colocando-o na estrada do jazz. Ele não abandonou o gênero clássico e aquelas influências estão poderosamente presentes em seu primeiro disco solo “Elegiac Cycle (1999)”. Ele tem, desde então, escrito peças para a Orchestre National d'Île-de-France e solicitações do Carnegie Hall para Anne Sofie von Otter e Renée Fleming, respectivamente. “Highway Rider” é um disco duplo que demonstra o amadurecimento de Mehldau como compositor e instrumentista. Ele menciona os arranjos de Bob Alcivar e a orquestração com Tom Waits como a maior influência, ocasionalmente ouvida nas nuances de “One From the Heart”. Como aquela grande trilha sonora, esta música está influenciada pelo clássico, mas permanece jazz com cordas, que apresenta dificuldade em ser classificada como subgênero, cuja combinação pode se transformar em areia movediça em mãos erradas.


Mehldau reúne o produtor Jon Brion (Largo 2002) e juntos eles asseguram que as cordas são um realce para o componente do jazz e vice-versa. A mistura feita com sucesso evita uma excessiva atmosfera sentimental — o resultado mais desafiante neste formato. A inclusão do saxofonista Joshua Redman com o trio regular de Mehldau com o baterista Jeff Ballard e o baixista, Larry Grenadier foi criterioso em diversos níveis. Como esperado, a dinâmica e o estilo de Redman adiciona profundidade no formato de trio de piano, ajudando a colocar o jazz na frente e no centro. Redman foi fundador e diretor artístico de onze membros da San Francisco Jazz Collective por vários anos. Esta experiência com um banda numerosa traz uma valiosa habilidade para este tipo de trabalho.


Entre os muitos pontos de destaque está a música "Don't Be Sad", uma longa, blueseira e embriagadora peça. O tempo sinuoso soa como um relacionamento dependente. Ele alternativamente acena, então repele com Redman e as cordas primeiramente agindo nas partes. "We'll Cross the River Together" justapõe cordas com solos improvidsados de Mehldau e Redman. O saxophone de Redman age como um canal para o quarteto e as cordas e as duas inconfundíveis formas nunca se sentem em oposição, graças ao arranjo de Mehldau. "Always Returning" é algo como uma abertura (a despeito de ser a faixa de encerramento) e dá à orquestra de Câmara e a Mehldau suas melhores oportunidades para brilharem.


Há números apenas de quarteto em “Highway Rider” e cada um é uma notável contribuição em qualquer trabalho orientado exclusivamente para o jazz . Neste particular distinguem-se , "Old West" e "Sky Turning Grey" que apresenta um belíssimo solo de Redman. Pouco embelezando o trabalho (palmas, breves vocalizações sem palavras e pump organ), providenciam apenas a alegria sem turvar a completa atmosfera. A Orquestra de Câmara é regida por Dan Coleman , cuja contribuição não pode ser exagerada. “Highway Rider” é importante não apenas para a significante contribuição musical de Mehldau, mas também porque é uma daquelas raras e potentes lembranças de que aquele jazz não só viceja como continua evoluindo nas mãos de artistas verdadeiramente criativos.


Faixas: CD1: John Boy; Don't Be Sad; At the Tollbooth; Highway Rider; The Falcon Will Fly Again; Now You Must Climb Alone; Walking the Peak. CD2: We'll Cross the River Together; Capriccio; Sky Turning Grey (For Elliott Smith); Into the City; Old West; Come With Me; Always Departing; Always Returning


Músicos: Brad Mehldau: piano (CD1#1-5, CD1#7, CD2#1-6, CD2#8), pump organ (CD1#2, CD2#3), Yamaha CS-80 (CD1#4), orchestral bells (CD1#7, CD2#1, CD2#8), palmas (CD2#2), vocal (CD1#5); Jeff Ballard: percussão (CD1#1, CD1#5, CD2#2), snare brush (CD1#2), bateria (CD1#7, CD2#1, CD2#4, CD2#6, CD2#8), vocal (CD1#5); palmas (CD2#2); Joshua Redman: saxofone soprano (CD1#1, CD1#5, CD2#2, CD2#8), saxofone tenor (CD1#2, CD1#7, CD2#1, CD2#3, CD2#5), palmas (CD2#2), vocal (CD1#5), ; Larry Grenadier: bass (CD1#2, CD1#4, CD1#7, CD2#1, CD2#3, CD2#4, CD2#6, CD2#8); palmas(CD2#2); Matt Chamberlain: bateria(CD1#2, CD1#4, CD1#5, CD1#7, CD1#8, CD2#2, CD2#3), palmas (CD2#2), vocal (CD1#5); Orquestra, Dan Coleman, maestro (CD1#1, CD1#2, CD1#6, CD1#7, CD2#1, CD2#7, CD2#8), vocal (CD1#5); The Fleurettes: vocal (CD1#5).


Fonte : All About Jazz / Karl Ackermann


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