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domingo, 5 de dezembro de 2010

TIM HAGANS – THE AVATAR SESSION :THE MUSIC OF TIM HAGAN (Fuzzy Music [2010])



Ele tem sido diretor musical desde 1996, mas desde 2005 o trompetista Tim Hagans tem trabalhado com a Swedish Norbotten Big Band em paralelo ao seu trabalho mais íntimo com seus grupos pequenos no selo alemão Pirouet , como no recente “Alone Together (2008)”. Tão bom quanto “Worth the Wait (Fuzzy Music, 2008)” foi, “The Avatar Sessions: The Music of Tim Hagans”, focando exclusivamente na música do trompetista, é um belo trabalho, porém, mais robusto.

Uma vez mais , Hagan colabora com o veterano baterista Peter Erskine, mais desta vez o time recruta um número de bem conhecidos convidados que não só dá ao disco algum poder adicional, bem como possibilita alguma especificidade estilística a suas composições. Com outro veterano, Rufus Reid, no baixo, Hagans tem uma poderosa seção rítmica, capaz de arrancar alta energia como em "Palt Seanuts" (uma reverência ao legendário Dizzy Gillespie), mas igualmente competente na balada "Here With Me" com a combinação de graça textural e dinamismo sem falha.

Hagans referencia Stan Kenton (onde ele encontrou pela primeira vez Erskine) e Woody Herman, assim enquanto não há falha na referência à pegada daquelas big bands no tempo em que esteve com aqueles ícones, a inclinação modernística de Hagans permanece intacta. A música suinga pesado na faixa de abertura "Buckeyes", mas as harmonias são mais sofisticadas, os arranjos mais detalhados, e o mesmo o tempo sujeito a alterações, como faz através do final do solo cerebral de George Garzone, liderando um solo de igual ímpeto e inventividade de Hagans. O solo do saxofone soprano de Dave Liebman em "Here With Me" por outro lado, encontra o usualmente expressionista saxofonista com uma disposição mais contida, embora o inato lirismo é apresentado na brilhante faixa orquestrada, aprendendo, talvez, onde Gil Evans deixou de fora e deveria ter ido, não sendo surpresa para quem tem seguido sua longa e variada carreira.

O guitarrista do grupo de Liebman, Vic Juris, convidado na funkeada "Boo" não sola, e deixa para fazer espirituosas interações com Hagans e o trompetista convidado Randy Brecker, seu corajoso acompanhamento centradamente balançado, prova mais uma vez a sua perfeita escolha para qualquer sessão. Hagans possibilita aos músicos da Norbotten chances para brilharem muito bem, em particular na agitada "Box of Cannoli" (NR: Esta faixa concorre ao Grammy de melhor composição instrumental) onde Hagans complica as coisas—uma combinação de brilhantes metais e palhetas acaloradas, e suportada pela combinação do delicado trabalho de prato de Erskine e poderosos ataques, desafia a imaginação, mas não articula absolutamente a execução da banda inteira.

Com a ressurreição de orquestras no cenário norte-americano ao longo dos anos, é fácil esquecer que na Europa, as big bands nunca se foram. Com uma combinação de profunda intelectualidade em viscerais modelos, alto nível de solos e, como essência, uma orquestra capaz de qualquer coisa que pode alcançar, “The Avatar Sessions” encontra Hagans modernizando o som de uma big band no século XXI , reverente ao que veio antes, mas com um largo olhar no que estar por vir.

Faixas: Buckeyes; Boo; Box of Cannoli; Here With Me; Palt Seanuts; Rufus at Gilly's; Song for Mirka.

Músicos: Tim Hagans: trompete, maestro; George Garzone: saxofone tenor (1); Randy Brecker: trompete (2); Dave Liebman: saxofone soprano (4); Håkon Broström: saxofone e palhetas; Jan Thelin: saxofone e palhetas; Mats Garberg: saxofone e palhetas; Karl-Martin Almqvist: saxofone e palhetas; Per Moberg: saxofone e palhetas; Bo Strandberg: trompete; Magnus Ekholm: trompete; Dan Johansson: trompete; Tapio Maunuvaara: trompete; Peter Dahlgren: trombone; Magnus Puls: trombone; Ola Nordqvist: trombone; Björn Hängsel: trombone; Daniel Tilling: piano, Fender Rhodes (2); Vic Juris: guitarra (2); Rufus Reid: baixo; Peter Erskine: bateria, tamborim (2, 6).
Fonte : All About Jazz / John Kelman

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