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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

MORRE O BAIXISTA CHARLES FAMBROUGH




O baixista Charles Fambrough,(na foto), morreu no dia primeiro de janeiro de 2011. Ele esteve doente nos últimos anos com uma doença no fígado. Ele tinha 60 anos.

Fambrough nasceu na Philadelphia em 25 de Agosto de 1950. Originalmente educado no piano, Fambrough recebeu uma bolsa de estudos para aprender música clássica, mas escolheu o baixo aos 13 anos, deixando a escola para ir em busca da sua verdadeira paixão: ser baixista de jazz. Em 1958 ele estava atuando profissionalmente com várias bandas de sua cidade.


Em 1970 Fambrough uniu-se ao grupo de Grover Washington Jr. com quem atuou por cerca de três anos, enquanto o saxofonista experimentava seus primeiros sucessos comerciais. Após um período com Airto Moreira e Flora Purim, ele juntou-se à banda do seu conterrâneo, McCoy Tyner, quando atuou em álbuns como “Focal Point”, “The Greeting” e “ Horizon”. Mais tarde ele passou a integrar a Art Blakey Jazz Messengers no início dos anos 80, quando essa banda tinha Wynton e Branford Marsalis. Quando Wynton Marsalis deixou Blakey para gravar e excursionar como líder, Fambrough fez parte do grupo e atuou no álbum da Columbia “Marsalis’ Fathers and Sons” .

Fambrough tinha considerável experiência em jazz latino como acompanhante de Airto Moreira e Flora Purim, bem como de Jerry Gonzalez and the Fort Apache Band. Fambrough gravava e atuava regularmente com o pianista Bill O’Connell.

Fambrough gravou cerca de seis discos como líder , incluindo “The Proper Angle and Blues at Bradleys” pela CTI, “City Tribes” pela Evidence, “Upright Citizen” pela NuGroove e “ Live at Zanzibar Blue” pela Random Chance. Ele foi o baixista mais chamado em sua cidade natal pela vida inteira, acompanhando artistas como Shirley Scott e Bootsie Barnes nos espaços locais tais como Ortliebs, Zanzibar Blue e Chris’s Café.

Ele era um compositor completo que escreveu frequentes canções diversas e complexas para sua banda e de outros artistas . Entretanto , a despeito da ênfase na complexidade das harmonias e ritmos , sempre era importante, para ele, que a melodia estivesse lá. Em 1997 ele narrou a Kimberley Berry do All About Jazz: “ Eu tento fazer uma melodia que você possa cantar, mas uma vez que a melodia se foi , você tem que saber o que você está fazendo, se não, está perdido. Você não pode ouvi-la, você tem que conhecê-la. Há músicos que têm grandes ouvidos e podem ouvir qualquer coisa , assim devem ser bem tratados. Há certas coisas , que é melhor conhecer. A maneira como você pode elaborar”.

Fambrough tinha um som robusto no baixo acústico e e tinha muito respeito dos seus colegas e companheiros do jazz. A comunidade jazzísitica da Philadelphia vinha realizando celebrações e angariado fundos para Fambrough, entre elas a ocorrida em 08 de Dezembro no Clef Club com a participação de Stanley Clarke, Lenny White, Wallace Roney, Pat Martino, John Blake e Gerald Veasley dentre muitos outros.

Fonte : JazzTimes /Lee Mergner



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