O Influente baterista de jazz , Joe Morello, cuja fama cresceu como um dos membros do quarteto de Dave Brubeck , faleceu aos 82 anos. A mestria de Morello em marcações ímpares obteve elogios de fãs e críticos, e sua clássica batida 5/4 na versão de “Take Five” , ajudou-a a fazê-la uma das mais famosas gravações do jazz de todos os tempos.
O jornal “Los Angeles Times” informou que Morello morreu no sábado passado no Trinitas Regional Medical Center, em Elizabeth, New Jersey. A causa não foi revelada.
Morello nasceu em Springfield, Massachussets, e juntou-se ao quarteto de Brubeck em 1956 e permaneceu por doze anos. O lançamento do quarteto em 1959, “Time Out”, apresentando “Blue Rondo a la Turk” e “Take Five” é um dos discos de jazz mais vendidos na história.
“Muitas pessoas consideram a seção rítmica formada pelo baixista Eugene Wright e Joe Morello em meu quarteto como uma das mais consistentes e suingantes do jazz” , Brubeck declarou em um e-mail enviado à Associated Press. “Bateristas ao redor do mundo lembram Joe como um dos maiores bateristas que nós conhecemos”.
O toque característico de Morello pode ser ouvido em muitos álbuns do quarteto ao longo da década de 60 , incluindo “Time Further Out”, “Countdown: Time In Outer Space” e “Time In”.
“Joe foi um pioneiro no tempo ímpar e uma parte vital da série ‘Time’ que o quarteto fez para a Columbia Records”, Brubeck afirmou. “Seu solo de bateria em ‘Take Five’ ainda continua sendo ouvido ao redor do mundo”.
Morello foi nomeado como o melhor baterista pelos leitores da DownBeat por três anos consecutivos de 1962 a 1964.
A discografia de Morello tem mais de 120 álbums, onde se inclui os trabalhos com Gary Burton, Art Pepper, Phil Woods e Marian McPartland, que escreveu, para a Downbeat, sobre a história de Morello em Março de 1965.
No artigo, Morello dizia, “ Você sabe, Marian, você costumava dizer que meu toque era preciso, mas realmente, penso, eu estou começando a tocar mais “sujo” agora. Porém, estou continuamente tentando tocar algo diferente, e uma coisa Dave [Brubeck] ensinou-me —Tentar criar”.
Além de ter sido um líder de bandas, Morello foi um aclamado educador de jazz e instrutor em aulas práticas de bateria. O percussionista, que tinha a visão debilitada desde seu nascimento, escreveu livros instrucionais sobre a prática da bateria e participou de vídeos similares.
A esposa de Morello, Jean, foi sua única sobrevivente imediata.
Fonte : Downbeat
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