Em sua origem , o choro era uma maneira de interpretar, a partir do uso de instrumentos acessíveis às camadas populares , as músicas das grandes orquestras. Com um cavaquinho, um violão, um pandeiro e ma flauta, tocavam-se polcas,mazurcas , valsas e outros ritmos europeus, além de africano lundu. Aos poucos o estilo se consolidou. Nascido no Rio, encontrou terreno fértil em São Paulo. E foi em terras paulistas, quase 150 anos depois da gênese do choro , que um grande registro do atual cenário deste ritmo popular se fez. Trata-se do álbum “Panorama do Choro Paulistano Contemporâneo”, que une os velhos chorões a novos talentos com atuação no cenário paulistano.
Idealizado e produzido por Roberta Valente e Yves Finzetto, o disco é um primoroso e inédito estudo sobre o choro paulistano atual. Presentes no registro, chorões consagrados como os irmãos Izaias e Israel,Arnaldinho Silva, Laércio de Freitas, Nailor Proveta, Toninho Ferragutti, Zé Barbeiro e Luizinho 7 Cordas unem-se a novos talentos como Alessandro Penezzi, Thiago França e Danilo Brito, entre trinta compositores, solistas e instrumentistas.
O arranjo das músicas, na maioria das vezes, é dos compositores, também solistas das respectivas faixas. A homogeneidade do disco fica por conta dos acompanhantes do Sexteto Panorama (na foto), formado por Roberta Valente (pandeiro), Henrique Araújo (bandolim,cavaco e banjo), Gian Corrêa (violões), Alexandre Ribeiro (clarinete e clarone) e João Poleto (sax e flauta). Destaque para os choros Experiente de Danilo de Brito, Não me siga que não sou novela, de Zé Barbeiro e Irmãos de Briga, de Thiago França.
Fonte : CartaCapital / André Carvalho
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