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terça-feira, 19 de abril de 2011

THOMAS MARRIOTT - CONSTRAINTS AND LIBERATIONS (Origin Records [2010])






O trompetista Thomas Marriott mantém-se em ascensão como artista. Ele tem lançado CDs com saudável regularidade desde 2005: uma apresentação para muitos, talvez, descuidados fãs do jazz, para um tempero empenado do oeste do país em “Crazy: The Music of Willie Nelson (Origin Records, 2008)”; acionando um quinteto de estrelas de forma moderna em “Flexicon (Origin Records, 2009)” e permitindo uma festiva demolição na atuação de dois trompetes com o seu camarada Ray Veja em “East-West Trumpet Summit (Origin Records, 2010)”. “Constraints and Liberations” elevou sua produção para dois lançamentos em 2010.



Espontaneidade tem sido sempre a maior parte do jogo jazístico de Marriott, mas com “Constraints and Liberations”, parece ter ido mais profundo em seu método. O trabalho inicia com sua composição "Diagram". Uma brilhante e esplendorosa harmonia de dois metais introduz a canção com um emparelhamento do instrumento livre do líder e o belo e tocante saxofone tenor de Hans Teuber, importante para variar a conversação entre os instrumentos de sopro, com Teuber encerrando telepaticamente as aberturas realizadas por Marriott.


A seção rítmica formada pelo pianista Gary Versace, pelo baixista Jeff Johnson e pelo baterista John Bishop mantém uma agitação controlada , que deixa as coisas afiadas.


O som de “Constraints and Liberations” é frequentemente taciturno e atmosférico, dando a impressão de uma trilha sonora de um filme de suspense. Marriott está em excelente forma, sua entonação transmuta-se em brilhante ou sombria , claro ou escuro e, às vezes, angustiado, sempre contando uma estória eloquente. O sax tenor de Teuber tem uma sonoridade carcterística, suave e profunda e, de alguma forma, diáfana, como um saxofone executado por um fantasma desconcertado, enquanto o versátil Versace— que contribui brilhantemente na orquestra de Maria Schneider tocando acordeão e órgão e piano em numerosos trabalhos como acompanhante, dentre os quais aqueles com os bateristas John Hollenbeck e Matt Wilson, bem como seus discos como líder — passa de acompanhante para solista com uma fluidez brilhante na faixa título , ou um solo peculiar em "Diagram."


"Waking Dream" inicia como se lágrimas jorrassem do piano acompanhado por um maravilhoso e introspectivo trompete surdinado. O baixo de Johnson tece profundidade, adicionando com a suavidade da bateria de Bishop um suporte para a abstração. "Clues" apresenta , em sua acepção, um fim de noite, um sentimento sombrio em um beco escuro , com baixo e bateria ,à espreita nas sombras, com Marritott e Versace tentando acender uma luz.


Thomas Marriott mantém a arte impulsionada para frente. “Constraints and Liberations” deve ser de longe o seu melhor disco.


Faixas: Diagram; Up From Under; Constraints and Liberations; Waking Dream; Early Riser; Clues; Treadstone.


Músicos: Thomas Marriott: trompete; Hans Teuber: saxofone tenor; Gary Versace: piano; Jeff Johnson: baixo; John Bishop: bateria.


Fonte : All About Jazz / Dan McClenaghan







Um comentário:

Câmeras Sony disse...

Um artista sensacional, sem dúvida!