Com muita atenção dada às estrelas consolidadas no mundo da guitarra como Pat Metheny, John Scofield e Bill Frisell, e a próxima geração dos inovadores das seis cordas como Kurt Rosenwinkel, Adam Rogers e Ben Monder, não é surpresa que existam incríveis jóias escondidas de uma simples visão. Uma destas gemas é Vic Juris, um guitarrista que se aptidão técnica, amplitude musical e uma vívida e desembaraçada imaginação fossem fatores determinantes, teria o nome da família (bem, da família do jazz). Seu trabalho, por duas décadas, com o grupo de Dave Liebman, tem sido além do modelar. Tanto quanto uma voz definida como a do veterano saxofonista nos álbuns, incluindo o recente “Turnaround: The Music of Ornette Coleman (Jazzwerkstatt, 2010)” e o de 1995, encontrado em arquivos, “Live at MCG (MCG Jazz, 2009)”. Suas gravações próprias , indo do mais assentado e estilisticamente extremada pregação em “Blue Horizon (Zoho, 2004)” para a mais direta tradição de “A Second Look (Mel Bay, 2005)”, são suportes competentes para reinvidicar, que é o melhor guitarrista que pouco tem sido ouvido.
Como “ A Second Look” , “Omega is the Alpha” é uma gravação marcante, porém se estende mais, com um conjunto de composições de Juris , um par de standards, e um resgate do afiado jazzista “free” , Albert Ayler, da obscuridade com a faixa título, todas as provas necessárias para retirará-lo do desconhecimento. Juris reinventa a composição Ayler com uma abertura incrementada com distorções e uso de acordes através de pedais, uma introdução sutil que molda de forma moderada o tema em rubato mais ativo de meio-oeste de Pat Metheny, que o extremista Ayler. O baixista Jay Anderson e o baterista Adam Nussbaum são parceiros da mesma categoria, como os laços criados por Juris em uma cortina atmosférica para as linhas do guitarrista ,porém sem mudanças, inclusive no tempo de improvisação.
Se há um grande nome com quem Juris pode ser comparado é John Abercrombie, não no padrão estilístico ou textural , mas na capacidade de Juris para asseverar uma voz sem contar com assinaturas em frases ou qualquer espécie de prognóstico. Em vez disto, parece sempre viçoso e conectado com as mais amplas tradições, seja em seu relaxado e harmonicamente sofisticado trabalho com guitarra acústica com cordas de aço em uma composição em tempo de valsa, "Subway", ou na mais propulsiva, ainda que calma,"Folksong", onde a habilidade do guitarrista para se auto-acompanhar, mesmo nos tempos mais vivazes e entre melodias de maior velocidade, é virtualmente incomparável. Um eterno estudioso da guitarra , a perspicácia da técnica de Juris, explorando da clareza como os harmônicos e rápidos ataques como Lenny Breau, pegadas suaves com a palma da mão, nunca correndo o risco de ser um fim em si. Em vez disto, ele demonstra um igualmente poderoso comando sobre os efeitos, utilizando o harmonizador apenas nos momentos certos durante o seu solo em "Folksong"—o foco de Juris é sempre a música, solando com notável definição composicional e construção esperta.
Juris está trabalhando com um trio com dois instrumentistas que são similarmente subestimados , o que faz de “Omega is the Alpha” um álbum excepcional. Representando Juris, Anderson e Nussbaum são seus melhores condutores livres . Por certo aposto que este é um dos mais finos trabalhos de guitarra do ano de 2010.
Faixas: Folksong; Hallucinations; For Shirley; Omega is the Alpha; Subway; Romulan Ale; Lonely Woman; Sweet Sixteen; Rosario; Alone Together.
Músicos : Vic Juris: guitarra; Jay Anderson: baixo; Adam Nussbaum: bateria.
Fonte : All About Jazz / John Kelman
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