Piano tem sido, sempre, a embalagem dos álbuns do saxofonista Mike DiRubbo. Ainda, quando DiRubbo fez sua estreia na Posi-Tone com “Repercussion” em 2009, ele deixou o piano atrás, confiando em alguns fundamentos harmônicos do vibrafonista Steve Nelson. Agora, em seu álbum seguinte para essa gravadora, ele movimenta-se dentro do territórios sem piano em seu disco com trio de órgão.
DiRubbo aprofunda-se nestas nove composições originais, que se esquiva dos estereótipos dos grupos com órgão. DiRubbo compôs dois terços deste material com o organista Brian Charette, providenciando outras três faixas, e a maioria das canções apoiam-se pesadamente em seus fundamentos rítmicos . A abertura do álbum , "Minor Progress", contém toda a classe de tempos de parada e batidas uníssonas vindo do duo rítmico , enquanto DiRubbo trabalha sua destreza em alto nível. O ógão de Charette trabalha contra a batida em certas passagens, obscurecendo um pouco o tempo, mas o suíngue mais incrementado realmente alça vôo. Duas músicas de Mike DiRubbo, através da mágica da sobreposição, trabalha junto com o início da faixa título e esta peça é conduzida com tensão e liberdade , como se a seção rítmica estivesse dentro e fora da pegada suingante.
A mente ágil de DiRubbo e as ideias audaciosas vêm à frente em “Ritual," e a canção “funkeada” em sétima (com 6+8 subdivisões) que é construída fora dos clichês circulantes e pegadas de Charette e do baterista Rudy Royston. Enquanto "Nouveau" e "Lucky 13" são as performances menos memoráveis, sendo as três últimas três faixas consideradas vencedoras: “ Excellent Taste" de Charette faz brilhar intensamente seu nome e apresenta alguns deslumbrantes trabalhos do saxofone de DiRubbo, enquanto "Eight For Elvin"— ganha o nome oriundo do seu arranjo ou dos oito compassos , polirítmicos, como um solo de bateria de Elvin Jones imprensado no meio da cabeça —nunca desaponta. Apesar do fato de DiRubbo não empunhar o saxofone tenor , o diálogo bateria-saxofone parece ser um claro aceno à conexão entre John Coltrane-Elvin Jones . O álbum encerra com "More Physical" de Charette, de forma divertida. Um leve tingimento tropical , leves e frívolos sons e ideias circulares que estabelece a pegada em 7/4 estão todas disponíveis, mas as coisas eventualmente tornam-se físicas quando Royston começa a batida longe do final da faixa.
Chronos, visto com uma personificação do tempo na mitologia grega, é um ponto de referência apto para este trabalho essencialmente rítmico da música do saxofone de Mike DiRubbo.
Faixas: Minor Progress; Chronos; Lilt; Rituals; Nouveau; Lucky 13; Excellent Taste; Eight For Elvin; More Physical.
Músicos: Mike DiRubbo: saxofones e soprano; Brian Charette: órgão; Rudy Royston: bateria.
Fonte : All About Jazz / Dan Bilawsky
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