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quinta-feira, 9 de junho de 2011

RICHIE BEIRACH & DAVE LIEBMAN – QUEST FOR FREEDOM(2010)









“Quest for Freedom”, apresentando o saxofonista soprano Dave Liebman, o pianista Richie Beirach e arranjos de Jim McNeely, e realizado com a Frankfurt Radio Big Band, contém uma das mais vívidas música gravada. Para isto houve a junção de três fatores : as inventivas composições de Liebman e Beirach e suas assombrosas performances; os arranjos intuitivos de McNeely e a sublime interpretação dos membros da orquestra. O álbum é abrangente como vida—reflexivo e meditativo, pleno de profundidade e amplitude de história musical e um completo prazer de fazer um som harmonioso que reflete uma alegria plena de viver.



Além disso, quem quer que pegue o projeto, que foi orquestrado e executado, algo que não está indicado , tem uma grande propensão para entender o que a move o som da vida em si, como ele trota e galopa no futuro , encontrando muitas desventuras, desfutando novos relacionamentos , explicando o abstrato e emergindo triunfalmente da adversidade.




Tudo isto vindo de um álbum que dura meros 75 minutos. A beleza do disco é abrigada na arrebatadora criatividade do piano de Beirach, que passa como um encantador riacho apertando e desviando em torno de uma angulosa e afiada geografia das altas e vigorosas abstrações de Liebman, que disparam como pacotes de energia direto do seu instrumento. As frases e linhas destes artistas são como se girasse em torno de si para sempre, entrelaçados em torno da música que brota da terra como grandes troncos monolíticos de árvores. A música, deste modo natural e telúrico, demonstra que a vida pareceria desolada sem sua inspiração redentora


O toque de Beirach é quase diametralmente oposto ao de Liebman. O senso criador do núcleo melódico pulsa e impulsiona as majestosas harmonias que brotam eternas da alma da canção. Cada vez que Beirach toca, ele parece emergir organicamente do centro da composição, como um sopro de paixão que se transforma em um mítico vento cálido percorrendo e buscando revitalizar a melodia e o ritmo. Liebman, por outro lado, emerge da melodia para articular seu solo como uma míriade de tentáculos harmônicos, preenchendo espaços na paisagem sonora como se a consumindo e deixando imaginários colares no rastro. Liebman é também impetuoso , e esquadrinha estes espaços como se houvesse sido explorado antes. Seus golpes abstratos e floreios sinuosos sempre pousam na alma da canção , decorando-a com magníficas novidades e elasticidade sonora.


"Pendulum" é um estupendo começo para a sessão, executada ao vivo e quase sem fôlego, apresenta, também, um poderoso solo de saxofone tenor de Tony Lakatos. "Jung" é delicada e largamente imaginativa. "Vendetta" é graciosa e impetuosa, mas é a beleza excitante e sonoridade dramática de "WTC" que é a mais surpreendente do álbum. A música de Liebman, aqui, é trágica e sorumbática conforme a exploração metafísica da morte. O pathos da canção é titubeante. A dramaticidade desta música, bem como "The Sky is the Limit" de McNeely, faz deste disco um dos melhores do ano.


Faixas: Pendulum; Jung; Vendetta; Port Ligat; Enfin; The Sky is the Limit.



Músicos: Richie Beirach: piano; Dave Liebman: saxofone soprano, flauta de madeira; Frankfurt Radio Big Band: Heinz-Dieter Sauerborn: saxofone alto ; Oliver Leicht: saxofone alto; Tony Lakatos: saxofone tenor; Julian Arguelles: saxofone tenor; Rainer Heute: saxofone barítono ; Buon Watson: trompete; Thomas Vogel: trompete; Martin Auer: trompete; Axel Schlosser: trompete; Günter Bollmann: trombone; Peter Feil: trombone; Christian Jaksjo: trombone; Manfred HonetSchläger: trombone baixo; Peter Reiter: piano; Martin Scales: guitarra; Thomas Heidepriem: baixo; Paul Höchstädter: bateria.



Fonte : All About Jazz / Raul d'Gama Rose











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