A característica da Riti Records é o minimalismo. A embalagem de um álbum é mais que apropriadamente polida , visualmente monocromática , e apresenta poucas palavras. A conclusão é que a música vem em primeiro lugar. A música é som , não o ente material.
Em “Ambrosia”, Joe Morris toca guitarra e Agustí Fernández, o piano. Os dois músicos estão unidos em um lugar onde muito pouco, ou alguma, ressonância é produzida, pequenos atos vêm a ser o foco e as progressões e os fraseados prevalecem dentro da essência puramente melódica. Há seis faixas de variados tamanhos. Cada uma é um aspecto da totalidade. Cada uma tem “Ambrosia” como seu título.
O movimento é constante no piano e na guitarra. Os destinos não são pré-definidos. Tempo é o veículo para raspar, colher, dedilhar, isolando as notas, criando compactos e impenetráveis grupos, ou representar uma chamada e réplica decente que permite só o potencial para uma melodia a meio caminho através da gravação.
Morris e Fernández são possibilidades para que cada um se expresse singularmente . Mas a música ganha peso quando os dois atacam juntos no mesmo nível de intensidade , como na última metade de “Ambrosia 3”. Nenhuma “Ambrosia” pode ser efetivamente escolhida como sendo melhor que a outra. Afastados de extremos, elas são incrivelmente diferentes e, em alguns caminhos, são similares.
O alcance do piano atinge o baixo no fim do teclado , mas Fernández está interessado na conexão do som alojado nas cordas. Morris encontra as notas baixas e altas para tocar e, também, enlaça a natureza metálica das cordas da sua guitarra. A manifesta linearidade desta música é impressiva e inescapável. Nenhum instrumentista de sopro poderia fazer isto. Não haveria tempo algum para se tomar a respiração.
Faixas
Ambrosia 1
Ambrosia 2
Ambrosia 3
Ambrosia 4
Ambrosia 5
Ambrosia 6
Fonte : JazzTimes / Lyn Horton
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