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sexta-feira, 8 de julho de 2011

MATTHEW SHIPP- THE ART OF THE IMPROVISER (2011)








Os ouvintes criteriosos têm uma opinião formada sobre a música do pianista Matthew Shipp. Como seus predecessores musicais Cecil Taylor e Thelonious Monk, Shipp é uma voz determinada que visa forçar os ouvintes a ficar enfileirado , com ele ou contra ele. Com o lançamento de “The Art Of The Improviser” ele essencialmente resume seus primeiros cinquenta anos em dois CDs de música firme e comprometida.


Como seu disco anterior “ 4D (Thirsty Ear, 2010)”, Shipp apresenta uma gravação solo de originais e um standard ("Fly Me To The Moon"), mas desta vez adiciona um segundo disco com seu novo trio (desde 2009), apresentando o baixista Michael Bisio e o baterista Whit Dickey.


O primeiro disco apresenta o trio de Shipp, gravado em Troy, Nova York, em Abril de 2010. As cinco longas faixas atuam como um sumário de sua carreira, utilizando músicas de lançamentos anteriores tão distantes quanto “Critical Mass (213CD, 1995)” e “The Multiplication Table (hatOLOGY, 1997)”, algumas das quais ele retrabalhou no mais recente “Harmony And Abyss (Thirsty Ear, 2004)”. Shipp frequentemente trabalha com grandes temas . Aqui ele utiliza uma segura pegada suingante em "The New Fact", enquanto passa aos poucos suas explorações improvisacionais com as duas mãos. Retornando ao tema , ele possibilita à audiência seguir sua lógica. Do mesmo modo quando ele aborda um monumento como "Take The 'A' Train" sua dissecação não é dessemelhante a uma colagem de sons de um DJ, onde o arrebatamento da melodia familiar cintila, como se tentando ler um grafite ou transitando em um vagão de carga. O trio, também, busca suas iniciais composições clássicas, "Circular Temple", com uma reverência a uma abertura livre de peça de câmara. delineando um persistente curso de liberdade tão segura quanto o jovem Shipp demonstrou , quando da sua primeira gravação..

O CD solo apresenta alguns dos mais inspirados processos de confecção de música, um lembrete sobre a linguagem que Shipp inventou , que pode ser refinada e doloridamente belal ("4D") ou densa e muito sombria ("Wholetone") . "Wholetone" progride como se Shipp estivesse presdigitando objetos incompatíveis: sua mão esquerda , martela densos acordes, sua mão direita dá cambalhotas. Este enfoque yin e yang possibilita um som dinâmico e exibe a paixão de Shipp pela música. Faixa como "Gamma Ray" é executada como um tema recorrente, não distinta de uma música conduzida , amarrando suas explorações de liberdade com melodia.


Indiferente ao enfoque , o toque de Shipp, com ou sem uma rede de proteção , será detestada pelos detratores e louvado pelos defensores, fazendo de “ The Art of the Improviser” uma das suas melhores performances em disco.


Faixas: CD1: The New Fact; 3 In 1; Circular Temple Number 1; Take The A Train; Virgin Complex. CD2: 4-D; Fly Me To The Moon; Wholetone; Model; Gamma Ray' Patmos.


Músicos: Matthew Shipp: piano; Michael Bisio: baixo (CD1); Whit Dickey: bateria (CD2).


Gravadora: Thirsty Ear Recordings


Estilo : Jazz Moderno


Fonte : All About Jazz / Mark Corroto

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