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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

BILL ANSCHELL - FIGMENTS (2011)






O pianista Bill Anschell normalmente se envolve em projetos que brilham com alto polimento, gravações como “Motives (Origin, 2010)”, um trabalho colaborativo com a Wellstone Conspiracy e seu próprio lançamento “More to the Ear than Meets the Eye (Origin, 2006)”, ou como colaborador no maravilhoso “Reunion”, liderado pelos saxofonistas Pete Christlieb e Hadley Caliman. Além disto, Anschell atua como pianista, arranjador e director musical de Nnenna Freelon por um par de anos, onde um brilhante pano de fundo para a vocalista é o nome do jogo.



Anschell apresenta vários enfoques diferentes em “Figments”, explorando o mundo do solo de piano, em um final de noite, após uma sessão, sem nenhuma supervisão no arcabouço mental. Os resultados, mesmo para os familiarizados com o trabalho de Anschell, são maravilhosas surpresas.


A capacidade profissional de Anschell para proporcionar um som coeso a um grupo pode, às vezes, obscurecer a sua destreza, criatividade e espontaneidade como pianista. Não há nenhuma chance disto acontecer em “Figments”, já que ele faz um trabalho solo em uma singular abordagem de clássicos do grande repertório norte-americano, misturado com um grupo de músicas improváveis, exibidas de forma peculiar. Anschell estende e submete as familiares melodias até o ponto próximo da ruptura em termos meditativos, divertidos, sombrios e espirituosos.


O som de Anschell é muito mais como se ele estivesse desfrutando a liberdade de explorar "Alice's Restaurant" de Arlo Guthrie, tocando meditativo, tomando inesperados rumos em torno do famoso restaurante, fazendo travessuras, passeando, bem como mantendo a dificuldade da melodia. "Big Yellow Taxi" de Joni Mitchell tem coisas como impactos e sons estridentes da noite ("Na noite passada eu ouvi a porta da grade bater.."), assim como Anschell usa um piano preparado para alterar o som através de itens ímpares colocado dentro da caixa de madeira : uma almofada de borracha para mouse, um colar com a contas de plástico, um livro, uma trena...tudo buscando levar seu piano a uma afinação louca, porém fornece um som único, desajeitado, mas moderno para o normal martelar das cordas.


A sempre adorável "It Never Entered My Mind" de Rodgers e Hart sofre uma renovação com um humor sorumbático e algmas sutis dissonâncias, enquanto "Honeysuckle Rose" de Fats Waller ganha rotações, bem como Anschell graceja dentro de inexploradas possibilidades da familiar canção.


Anschell visita os anos 1960 com suas escolhas de música pop, com "Across the Universe" e "Ask Me Why” dos Beatles, "Desperado" dos The Eagles e "Spinning Wheel" do Blood, Sweat and Tears todas filtradas pelo espelho divertido de Anschell, enquanto o standard "Willow Weep for Me" e "I'm Getting Sentimental Over You" injetam alguma energia e insolência na sessão.


“Figments”: Bill Anschell sozinho e se deixando levar é um risco que se pode correr agradavelmente.



Faixas: My Heart Belongs to Daddy; All My Tomorrows; Alice's Restaurant; Big Yellow Taxi; It Never Entered My Mind; Willow Weep for Me; Spinning Wheel; Across the Universe; Honeysuckle Rose; Desperado; I'm Getting Sentimental Over You; Ask Me Why.


Músico: Bill Anschell: piano, piano preparado (4).


Gravadora: Origin Records


Estilo: Straightahead/Mainstream


Fonte ; All About Jazz / Dan McClenaghan




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