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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

GRUPO FALSO BAIANO – SIMPLICIDADE : LIVE AT YOSHI´S (2011)






No início dos anos 1960, uma série de álbuns de Stan Getz, incluindo “Jazz Samba (Verve Records, 1962)”, com o violonista Charlie Byrd, e “Getz/Gilberto (Verve Records, 1963)”, com João Gilberto e Antonio Carlos Jobim, ajudou a impulsionar a bossa nova brasileira para um invulgar alto nível de popularidade. Mas no Brasil, havia, antes da bossa nova o choro, uma antiga música instrumental que tem escapado da atenção popular fora do seu país de origem. Em “Simplicidade”, o Grupo Falso Baiano da área da baía de São Francisco pega o tradicional som do choro, expande-o e adiciona um sotaque norte-americano.


A bossa nova é dotada de tranquilidade, sensualidade,sentimento de suavidade , mas a música do Grupo Falso Baiano tem alegria, som vigoroso, dançante e ebuliente. O quarteto, apresentando saxofone/flauta, violão, bandolim e percussão , incluindo pandeiro e zabumba, pode soar , às vezes, como uma forma de expressão livre e exótica de bluegrass ("Caminhando") e, em outras partes, como um saudoso lamento ("Rosa Cigana").


A sessão inicia com três canções de alguns dos mais influentes compositores de choro do século XX: o alegre "Caminhando", escrito por Nelson Cavaquinho e Norival Bahia; a saltitante faixa título , composta por Jacob do Bandolim e a exuberante "Cheguei" de Pixinguinha que exibe a interação perfeita do grupo—aqui, como um sexteto, com a adição do pianista Jovino Santos Neto e do percussionista Brian Rice. "Feira Livre" eleva a energia a um nível mais alto, com o sexteto entrelaçado de forma compacta sobre a intrincada percussão, com o sax de Zak Pitt-Smith tecendo uma suave melodia ao redor das cordas. Pitt-Smith, então, passa para a flauta e o grupo para uma pegada onde há paradas no tempo, com o percussionista preenchendo os espaços.


Choro, nas mãos do Grupo Falso Baiano, é música alegre e atraente, completa de mudanças de tempo e suíngue. Um real bônus neste trabalho é a música de encerramento ,"Forró Na Penha," apresentando Jovino Neto no acordeom , dando ao som um toque saudoso, elevado e uma atmosfera jazzística africana Zulu com contrapontos das suaves incursões da flauta de Pitt-Smith.


Faixas: Caminhando; Simplicidade; Cheguei; Feira Livre; Kenny E Você; Rosa Cigana; Bem Brasil; Deixa O Breque; Doce De Coco; Forró Na Penha.


Músicos:: Zack Pitt-Smith: saxofone, flauta; Jesse Appelman: bandolim; Brian Moran: violão 7-cordas; Ami Molineli: percussão; Jovino Santos Neto: piano (3-6, 9), acordeom: (10), flauta (5); Brian Rice: percussão (3-5, 10).


Fonte : All About Jazz / Dan McClenaghan




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