
Misturas internacionais não são nada de novo para músicos brasileiros. Porém, enquanto audiências europeias e norte-americanas começam a apreciar os inovadores da Tropicália, 30 anos após a criação do gênero, gerações subsequentes de compositores do Rio de Janeiro e São Paulo nunca pararam de criar individuais , e frequentemente singulares , trabalhos próprios e de tradições de outros países. Nos doze anos passados, o compositor e produtor Lucas Santtana tem sido um dos líderes deste contínuo movimento. Seu novo disco ,” Sem Nostalgia”, com menos de quarenta minutos, mas que de maneira ideal cristaliza seus conceitos. Ao lado do produtor norte-americano, estudioso das coisas do Brasil, Arto Lindsay, Santtana mistura a quietude do enfoque do “voz e violão” , em que João Gilberto foi um pioneiro, com o som nativo do berimbau e mistura com vislumbres de esparsos efeitos eletrônicos. Santtana e Lindsay claramente conhecem e apreciam todos esses gêneros, e assim podem tecê-los para seus próprios fins. Usualmente esta espécie de coisa pode ser de “misturada(mashup)” e , realmente, a faixa inicial é intitulada “Super Violão Mashup”, mas este termo agressivo parece inadequado para esta música tão suavemente atrativa.
Faixas
1. Super violão mashup
2. Who can say which way
3. Night time in the backyard
4. Cira Regina e Nana
5. Recado para Pio Lobato
6. Hold me in
7. Amor em Jacumã
8. I can't live far from my music
9. Cá pra nós
10. O violão de Mario Bros
11. Ripple of the water
12. Natureza nº 1 em Mi Maior
Fonte : Downbeat / Aaron Cohen
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