Quando reuniram para um tributo a Charles Mingus apenas um cornet e um piano, Kirk Knuffke e Jesse Stacken, respectivamente, consideraram suas limitações. Esta sessão não contém encontro de pregadores, batidas na alma, canções de protesto ou qualquer peça de Mingus que dependa da propulção da banda. Em vez disto, o duo considerou peças que estão fora da bravura de Mingus, opostas à sua forte personalidade e perfil de líder de banda. Sendo assim, eles deram brilho a vários trabalhos que frequentemente ficam neglicenciados.
Três vieram de álbuns menos conhecidos de Mingus, gravados para a Bethlehem Records, um tempo frutífero entre “Tijuana Moods” (também usado aqui) e o marco “Mingus Ah Um”. “East Coasting” e “Celia” com suas mudanças regulares no tempo, adapta-se neste trabalho. Stacken toca alguns staccatos adicionais, que mantém o bop em “Slippers” e constroi acompanhamento improvisado em “Moanin’” (não o clássico de Bobby Timmons ). O uso do cornet de Knuffke em vez do trompete funciona bem do começo ao fim, dando uma entonação mais levemente sombria à música. “So Long Eric”, originalmente algo na linha blueseira de Ellington, beneficia-se do tom do cornet e soa especialmente forte na formação de duo.
Contudo eles apóiam-se nos trabalhos mais profundos. Knuffke e Stacken não podem resistir a “Goodbye Pork Pie Hat”. Apresentam uma lenta e dramática leitura com pesada ênfase no único acorde padrão onde comumente toca um segundo violino para homenagear Prez. Enquanto o disco não pode ser usado como um pouco mais da obra dramática de Mingus, a inclinação lírica (como o brinquedo de piano em “Duke Ellington’s Sound of Love”) ,faz este trabalho crescer acima do monte de álbuns que pagam tributo aos padrinhos do jazz.
Faixas
1. Duke Ellington's Sound Of Love 6:52
2. East Coasting 5:11
3. Celia 7:14
4. Peggy's Blue Skylight 4:43
5. Moanin' 3:39
6. Slippers 3:14
7. Orange Was The Color Of Her Dress; Then Blue Silk 7:09
8. So Long Eric 5:04
9. Goodbye Pork Pie Hat 4:51
10. Ecclusiastics 5:09
11. Dizzy Moods 5:26
Fonte : JazzTimes /Mike Shanley
Nenhum comentário:
Postar um comentário