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sábado, 3 de setembro de 2011

SEAN JONES – NO NEED FOR WORDS (2011)






O trompetista Sean Jones tem algo a dizer e o diz em seu inimitável brilho, clareza e sublime voz. Isto é evidente porque ele é rapidamente associado à renascença do instrumento que foi trazido pelo seu mentor inicial, Wynton Marsalis. Jones é um instrumentista profundamente espiritual. Seu impulso para adornar as notas com frases e linhas jubilosas vem das suas raízes gospel . Ele exorta conforme deixa seu trompete cantar e ele estimula seu grupo de instrumentistas a laicidade para se expressar, para replicar soberbamente com homilias majestosas que parecem ser despertadas por vigorosos salmos, repousado em canções que soam com retidão. Ou eles viabilizam melodias, que iluminam com zelo uma glória maior, levitando com brlho esplendoroso , estabelece-se livre do lampejo da expressão sonora do seu trompete, soando como se viesse de púlpito apaixonado. Não há dificuldades para as posições que Jones assume, ele está sempre equilibrado para soar na estratosfera, só para mergulhar com se viesse de uma nuvem prateada para reunir sua congregação com um fervor exaltado entre todos que o ouviriam e à sua banda. Em outras ocasiões sua música é como uma afago terno, acariciado por seu instrumento benigno.


“No Need for Words” é um paradigma tântrico. Esta é uma música muito vocal, que obviamente necessita de verbosidade, que descreveria de outra maneira a experiência contida nas canções, não importando o desejo de narrativas líricas e sermões elevados. Não importando que a sabedoria convencional sugeriria alguma poesia , mesmo no vocabulário da música, deve ser necessária para capacitar as melodias a sobrepor-se ao prosaico. Por exemplo, um título como "Look and See [olhe e observe]" deve parecer uma chamada para seguir um dedo apontado, porém não na obra de Jones. Aqui está um convite para partilhar uma percepção visonária que atravessa o horizonte que some da vista como Jones e o saxofonista alto Brian Hogans, juntos com o pianista Orrin Evans, escrespam o caminho melódico e harmônico que conduz a um completo novo patamar de perspectivas onde o batrista Obed Calvaire redesenha os pontos imperceptíveis na canção com pompa e esplendor . O desfecho emocional do álbum é alcançado na tensa construção em mosaicos de "Obsession (Cloud Nine)".


Ao longo do caminho , há uma plenitude de emoções de outra espécie : deslumbrante e elegíaca beleza dentro do encanto diáfono de "Momma", especialmente no lamento em notas altas que Jones repete como para enfatizar a profundidade do seu amor e o ornamento e elasticidade de "Touch and Go", que tartamudeia e suinga ao redor da algazarra e açoites das explorações de Calvaire e o vislumbre dos pratos antes de mergulhar em uma caminhada tântrica e ritmo saltitante. A centelha bronzeia a beleza quase majestosa de "No Need for Words" parece sustentar o trompetista para a extração da música da sua embocadura e campânula. A música aqui parece parece virtualmente , a princípio, estável , só para girar gentilmente em torno do baixo e bateria. Às vezes empolgante, “No Need for Words” é um álbum de beleza excessiva.


Conheça um pouco deste trabalho através de vídeo disponibilizado pela gravadora Mack Avenue Records


http://www.youtube.com/watch?v=JoYctqn6Fvo



Faixas: Look and See; Olive Juice; Momma; Touch and Go; No Need for Words; Obsession (Cloud Nine); Love's Fury; Forgiveness (Release).


Músicos: Sean Jones: trompete; Brian Hogans: saxofone alto, cordas (7); Orrin Evans: piano, teclados (7); Obed Calvaire: bateria; Luques Curtis: baixo; Khalil Kwame Bell: percussão (2, 7, 8); Corey Henry: órgão (8); Matt Stevens: guitarra (7).


Gravadora: Mack Avenue Records


Estilo: Beyond Jazz


Fonte : All About Jazz / Raul d'Gama Rose





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