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domingo, 20 de novembro de 2011

ERNIE WATTS QUARTET – OASIS (2011)






A criação do selo Flying Dolphin Records em 2004 tem dado asas ao saxofonista tenor Ernie Watts . Após 35 anos sendo chamado para diversas formações dos maiores nomes do jazz para tocar em suas gravações, Watts está gora assentado em dois quartetos: seu grupo americano e grupos europeus. A persistência destes grupos e a completa liberdade artística e sua luta tem resultado em algumas das mais competentes gravações. “Four Plus Four “(Flying Dolphin Records, 2009), “To the Point-Live at the Jazz Bakery” (Flying Dolphin Records, 2008), “Spirit Song” (Flying Dolphin Records, 2005) e “Analog Man” (Flying Dolphin Records, 2007)—escolhido o melhor disco de jazz pela Independent Music —mostram que Watts está em bom lugar artístico, compondo e tocando melhor do que nunca. “Oasis” segue a trilha em fina forma.


"Konbawna" do baterista Heinrich Koebberling é um exercício de movimentos líricos que apresenta breves mais impressivos solos do baixista Rudi Engel e do pianista Christof Saenger. Saenger, por seu lado, contribui com a elegante "Palmito" apresentando um Watts inflamado. Após treze anos de união, há generosidade no processo composional do quarteto, e as personalidades dos quatro membros são proeminentes ao longo do trabalho. Um das duas músicas escritas com o antigo colaborador, o pianista Jeremy Monteiro, a faixa título, exibe a influência do tenorista John Coltrane com sua introdução meditativa e sacra. Vai em um lento e atrativo crescente, com seu sugestivo e cativante som no estilo dança do ventre, com um bom número de espertas alterações com Watts em sua melhor expressividade. Se enfatizando a melodia ou expandindo o tumulto, as linhas acrobáticas que chocalha os ossos tem a poderosa sinceridade do saxofonista.


O sentimento próprio de Watts para a balada encontra sua expressão em "One Day I'll Fly Away" de Will Jennings/Joe Sample e em "You Are There" de Johnny Mandel/Dave Frishberg. Estas belas canções trazem Saenger e Watts juntos para os refletores, e seus intercâmbios estão suavemente expressos e plenos de fervor e lirismo. O clássico dos Beatles, "Blackbird", é uma poderosa experiência, e a entonação áspera de Watts comanda o quarteto da melodia inicial aos terrenos mais exploratórios, com o quarteto alterando os movimentos sem esforço. Watts anuncia o final de forma metalizada, grasnando a cadência com sua típica e original pegada para esta canção por demais executada.


"Crescent" de Coltrane suinga belamente. Saenger traçando suas marcas com um extenso solo de grande fluidez antes de Watts replicar com momento de intensidade, alongando-se em um movimento perscrutador e arrojado. Coltrane é um inspirador de Watts, mas como outro grande tenorista, Charles Lloyd, Watts pega o espírito de Coltrane, enquanto mantém o seu com uma identidade bastante pessoal. O estado de espírito e o blues que caracteriza o toque de Watts é também ouvido na adorável "Twilight Walt" de Watts e Monteiro. Mesmo quando mapeando os contornos de uma simples melodia , Watts chama a atenção.


Outro original de Watts , "Bass Geige", suinga pesado com todos os quatro músicos apresentando seus finos produtos. O classico bop de Dizzy Gillespie/Charlie Parker , "Shaw Nuff" , leva o quarteto para o alto, com Saenger e Watts em emocionantes linhas uníssonas.Com “Oasis” Watts confirma, como se esta confirmação fosse necessária, que ele é um dos maiores saxofonista tenor em atividade e que está no auge do jogo. Um prazer do começo ao fim.


Faixas: Konbawna; Oasis; One Day I'll Fly Away; Blackbird; Palmito; Crescent; Twilight Waltz; Bass Geige "bahss guy-geh"; You are There; Shaw Nuff.


Músicos: Ernie Watts: saxofone tenor; Christof Saenger: piano; Rudi Engel: baixo; Heinrich Koebberling: bateria.


Gravadora: Flying Dolphin Records


Fonte : All About Jazz / Ian Patterson




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